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    Imprensa internacional sai com visão positiva do design brasileiro
    Imprensa internacional sai com visão positiva do design brasileiro
    POR Camila Yahn

    Com colaboração de Carla Valois

    A imprensa internacional no desfile da Maria Bonita ©Andreia Tavares/FFW

    Nos corredores da Bienal, além das tops, das celebridades e dos estilistas, também circulam jornalistas, editores de moda e beleza e formadores de opinião de vários  veículos espalhados pelo mundo. Desde a Rússia até o Japão, passando por Portugal e Estados Unidos, todos têm uma visão muito própria da moda brasileira e dos designers que se apresentam no SPFW. Manuel Arnaut, da “Vogue Portugal”, Marina Demchenko, da “Fashion Collection” russa, Wayne Sterling, do Models.com, Akiko Ichikawa, da “Vogue” japonesa, Katie Sturch, do WGSN, Elena Bara, do site da “Vogue” italiana, Leila Jensen, da Fashion TV, e Hayley Phelan, do site Fashionista, foram os convidados internacionais que deram a sua opinião ao FFW.

    A Osklen é a grande vencedora quando perguntamos qual a marca favorita, quer entre homens, quer entre mulheres. “É usável”, defende Wayne Sterling, fundador e editor do site Models.com.

    Wayne Sterling e Elena Bara no SPFW ©Juliana Knobel / Carla Valois

    Huis Clos, Maria Bonita, Tufi Duek e Alexandre Herchcovitch ficaram também entre as favoritas revelando, de acordo com os membros da imprensa internacional.

    Todos esperam bastante por aquilo que, imaginam, a torna única: a tal da “brasilidade” nas criações. Por isso, procuram por elementos que consigam retratar e representar o Brasil. Leila Jensen, repórter da Fashion TV Internacional, sabe muito bem o que procura quando vem ao SPFW. “Eu sei que é Inverno, mas eu adoro estampas, então sempre espero ver estampas no Brasil. Acho que é importante o Brasil se manter a par da contemporaneidade, mas é bom quando apresenta estampas”, ela afirma.

    Segundo a opinião internacional, cada designer precisa desenvolver a sua identidade própria e pontuar as suas criações com elementos únicos que representem tanto o estilista enquanto criador quanto o país e a cultura em que a criação se insere. Manuel Arnaut, jornalista da “Vogue” Portugal, aponta esta caraterística como um dos aspectos positivos no desfile da Maria Bonita: “Na Maria Bonita, vemos que é uma coisa que vem do Brasil, as franjas das saias parecem folhas de palmeiras, os estampados são inspirados nas paisagens daqui, e realmente esse é que é o extra que a moda brasileira pode dar”.

    Certos símbolos do Brasil fazem eco em diversos pontos do mundo. Não sabemos se é porque em São Paulo se situa a maior colônia de japoneses fora do Japão, mas sabemos que marcas como a Osklen, Alexandre Herchcovitch e a Melissa são muito fortes por lá. Todas por causa das suas criações originais, mas também por causa do marketing que é feito lá fora.

    Manuel Arnaut e Akiko Ichikawa ©Andreia Tavares

    “A Melissa é um sucesso no Japão. Os calçados têm um bom design, um preço muito competitivo e muitas colaborações interessantes”, afirma Akiko Ichikawa, freelancer para a “Vogue” japonesa. Manuel Arnaut acrescenta: “O potencial das marcas no estrangeiro às vezes não tem só a ver com o trabalho em si. Há todo um trabalho de marketing e comunicação que pode melhorar”.

    O evento em si, assim como a maioria dos desfiles, foi bastante elogiado. Marina Demchnko, editora-chefe da Fashion Collection na Rússia, elogiou a semana paulista, que pensava ser “mais local”. “O evento é muito bem organizado, de uma forma muito profissional. E os designers que eu mais gostei [Maria Bonita, Juliana Jabour e Colcci] conseguiriam vestir qualquer mulher no mundo”. Quanto aos desfiles – e falamos em termos de espetáculo –, também foram vistos como uma agradável surpresa. “Aqui todo mundo se esforça para fazer um desfile único”, completa Wayne Sterling.

    E não é só. Muitas das marcas, segundo a editora de moda do site “Fashionista”, Hayley Phelan, ainda são muito novas, o que faz com que todo mundo esteja muito entusiasmado com o evento e com os designers. Ela diz que sente “tudo muito fresco, as pessoas estão empolgadas”.

    A editora do site da “Vogue” italiana, Elena Bara, estabeleceu alguma comparação com a Itália. “Talvez existam alguns designers brasileiros mais próximos da estética italiana, como a Osklen e a Colcci”. Mas ela acrescentou que embora o estilo das roupas seja possível de comparar, as pessoas que as vestem são muito diferentes.

    Marina Demchenko e Leila Jensen ©Andreia Tavares / Juliana Knobel

    Outra das grandes surpresas foi a qualidade dos materiais, dos cortes e dos trabalhos de atelier. Para Manuel Arnaut, um bom trabalho de atelier resulta em uma  boa coleção: “O cuidado com que as coleções são produzidas, vemos que têm muito trabalho de atelier. A roupa não precisa ser muito ostentativa para mostrar um bom trabalho de construção”.

    Katie Sturch, editora de eventos sênior do portal WGSN, que trabalha com as últimas tendências em tecidos, também se surpreendeu com a qualidade e a modernidade dos materiais. “Na Huis Clos, por exemplo, acho que tinha muita inspiração e estava dentro das tendências que prevemos para esta estação, como tecidos dupla face e texturas”.

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