No início da semana, o FFW publicou uma matéria sobre a mudança de calendário que vai transformar e atualizar o sistema de moda. Marcas como Burberry, Marc Jacobs e Tommy Hilfiger irão mostrar coleções que estarão nas lojas logo após o desfile, acabando com o gap de seis meses entre a apresentação e o varejo. A semana de moda de Nova York vem estudando a possibilidade, cada vez mais real, de fazer essa mudança de uma forma geral.
Indo em direção contrária ao que está sendo chamado de see-now-buy-now, algumas marcas preferem dar um passo atrás e querem evitar, em vez de instigar, a superexposição. Para eles, essa parece ser uma saída para cativar o consumidor.
Segundo o WWD, a marca italiana MSGM, de Massimo Giorgetti, pediu para que os convidados do desfile na próxima semana de moda em Milão não usem o Instagram nem outras mídias sociais durante a apresentação. O recado estava impresso nos convites, para evitar os desavisados.
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Ao WWD, Giorgetti disse que “é o momento certo de se afastar da superexposição” e que “tudo sai lá fora imediatamente e em um segundo já parece velho”. Massimo também afirmou que proibir buyers e editores de tirar fotos vai fazer com que eles “olhem as roupas com os olhos, não através de uma tela”.
A marca francesa Jacquemus também anunciou que não será permitido compartilhar cliques do desfile nas redes sociais.
Editora de moda do “New York Times”, Vanessa Friedman escreveu em sua coluna sobre o papel do smartphone na indústria da moda. Ela diz que “desde que são inundados com imagens e transmissões ao vivo dos desfiles, premiações onde as peças são usadas dias após a apresentação, campanhas e propagandas até o momento que vêem as peças nas lojas, os consumidores já acham tudo velho, tedioso e over“. É sobre essa geração que a indústria da moda tenta dialogar e encontrar saídas para continuar relevante. Por enquanto, cada um à sua maneira. Vamos observar, pois até o final da temporada, em Paris, novidades sobre o assunto devem surgir.
