Giorgio Armani morreu hoje, 4 de setembro de 2025, aos 91 anos, em Milão. O maestro da moda, grande referência da alfaiataria a partir dos anos 1980, deixa um legado inestimável de elegância e sofisticação que atravessou gerações. Em entrevista recente, no último fim de semana, em um gesto simbólico e premonitório, havia anunciado Leo Dell’Orco, seu braço direito desde 1977 e chefe do design masculino, como possível sucessor, junto de membros da família e da equipe que o acompanhou por décadas.
Armani era conhecido por sua assinatura inconfundível: o greige (mistura de cinza e bege), a alfaiataria impecável e a fidelidade a um estilo à prova de modismos. Foi peça-chave na consolidação da moda italiana no pós-guerra e transformou a indústria ao levar sua estética para Hollywood. Vestindo atores em tapetes vermelhos e filmes icônicos, e garantindo que seus códigos se tornassem universais.
Ausência do ícone
Apesar do choque da notícia, sua saúde já vinha sendo tema de especulações desde a ausência no último desfile, em junho. Ainda assim, Armani preparava, para esta temporada da Milan Fashion Week, uma celebração especial dos 50 anos de sua marca, agora transformada em homenagem póstuma.
Figura central da moda mundial, Armani construiu não apenas uma marca, mas um império familiar e independente, que fatura bilhões de euros por ano. Sua morte marca o fim de uma era em que o estilo, a disciplina e a elegância clássica se confundiam com sua própria biografia.