FFW
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade
    Autor italiano afirma que (ainda) não se faz fast-fashion no Brasil
    Autor italiano afirma que (ainda) não se faz fast-fashion no Brasil
    POR Redação

    Topshop em São Paulo, Oskar Metsavaht para Riachuelo, nova flagship da C&A, lançamentos da Renner: o fast-fashion nunca esteve tão presente no Brasil. Para engrossar esse caldo, a Estação das Letras e Cores lançou (26/10) o livro “A Revolução do Fast Fashion: estratégias e modelos organizativos para competir nas indústrias híbridas”, escrito por Enrico Cietta, consultor de moda e sócio-diretor da Diomedea _empresa italiana de pesquisa e comunicação, também presente no Brasil.

    revolucaofastfashion

    “A Revolução do Fast-Fashion” inaugura as publicações sobre o tema no Brasil ©Divulgação

    O livro, que traz um tema inédito em publicações no Brasil, analisa a transformação do modo de consumo de moda na Europa nos últimos dez anos. De acordo com Cietta, a publicação é inspirada no sucesso das empresas de fast fashion da Itália.

    Porém, o grande trunfo do livro é esclarecer a história de que fast-fashion é “cópia da passarela, com preço baixo e em larga escala”. Para o autor, na verdade, a principal característica do fast-fashion é colocar o consumidor em seu time de colaboradores através do “design adaptativo” (uma espécie de crowd sourcing feito na vida real em vez de na web). A ideia é simples e prática: primeiro, executa-se uma coleção teste, com poucas peças, e a partir da venda (ou não) desse lote, desenvolve-se a estratégia para obter lucro máximo. Ou seja, quem escolhe o que está nas araras são os compradores, não a equipe de estilo.

    Aqui no Brasil, Cietta diz que, entre os grandes nomes do setor, a C&A é uma das poucas que se assemelha ao modelo europeu, mas ainda não planeja a coleção em conjunto com o cliente. E para quebrar mais um paradigma, Cietta diz que fast-fashion não tem necessariamente a ver com lojas enormes, roupas apertadas nas araras e zero atenção ao consumidor. O autor cita as marcas Farm e Shoulder como “ótimos modelos de fast-fashion aqui no Brasil, embora com preço focado em outro público, que não a classe média”.

    enrico

    Enrico Cietta, a autor italiano que fala um excelente português ©Divulgação

    Entre as grandes redes de fast-fashion europeias, Cietta destaca a Zara como a de maior sucesso, e dá um exemplo: “Na Europa, quando começaram a falar de ‘Maria Antonieta’, de Sofia Coppola, antes mesmo de o filme chegar aos cinemas, a Zara fez uma coleção inspirada na rainha. Foi um sucesso, enquanto todas as outras redes esperaram o lançamento. Quando aconteceu, a Zara colocou os looks mais vendidos nas araras, em versão atualizada, e claro, vendeu muito e de novo”. Ou seja, além de estar de olho na moda, uma fast-fashion que busca o sucesso deve considerar os movimentos culturais ao elaborar uma coleção.

    Quanto ao fast-fashion ser uma ameaça ao prêt-a-porter, Cietta diz não acreditar. “Na verdade, eles são complementares. Esses movimentos recentes de grandes designers assinarem coleções para as lojas de fast-fashion é uma prova de como as duas coisas podem coexistir”.

    E é melhor que os designers comecem a prestar mais atenção no fast-fashion e nos desejos de seus consumidores, pois as estimativas para o modelo convencional de lojas de moda não são as melhores. Segundo Cietta, em 1950, os preços das peças que chegavam às lojas sofriam queda de apenas 20% até a troca de coleção. O dado mais recente, de 1998, mostra que a queda de preço da etiqueta chega a 70% antes da coleção ser totalmente renovada.

    Não deixe de ver
    Estilo e solidariedade: Gringa realiza leilão beneficente com acervo de Paulo Gustavo
    De adidas a prada: o que a moda ainda não aprendeu sobre apropriação cultural?
    O retorno das musas: Pirelli 2026 celebra ícones femininos do passado e presente
    Millie Bobby Brown estrela campanha da Crocs e é anunciada como nova embaixadora
    US Open 2025: New Balance anuncia a mais nova coleção exclusiva para o torneio
    John Lewis aposta em beleza imersiva com collab com Fenty Beauty e marcas de luxo
    Nicola Peltz usa vestido vintage da própria mãe em renovação de votos com Brooklyn Beckham
    Reebok anuncia lançamento de segunda coleção de collab com Tobe Nwigwe
    Ariana Grande usa vestido vintage de Elie Saab para promoção de ‘Wicked: For Good’
    Bruna Marquezine aposta em look full Saint Laurent para casamento de Giovanna Ewbank