Num momento em que as microtrends vão perdendo a força é até curioso observar como se formam os novos caminhos. Nos últimos dias um mesmo assunto costurou diferentes conteúdos: seja nesta ou na rede vizinha, diferentes criadoras falavam sobre a felicidade de ter encontrado um verdadeiro Hervé Léger (1957-2017) – nome do criador do vestido bodycon que redesenha o corpo e foi um verdadeiro uniforme nos anos 2000.

Bom, mas só pra contextualizar: em 1990 Léger surgiu como um dos nomes mais quentes para se prestar atenção, antes mesmo de estampar as páginas das revistas, seus vestidos bandage eram vistos no corpo de modelos como Cindy Crawford e de atrizes como Monica Bellucci. A silhueta escultural e ultra sexy virou até motivo de briga: Azzedine Alaïa relembrou que em 1985 havia criado a proposta, mas se para o tunisiano era apenas mais uma técnica, para o francês era um vocabulário inteiro.

Em versão mini, longa, vazada, estruturada, manga longa, curta… Hervé se dedicou a mostrar todas as possibilidades e, com isso, ganhou um séquito de clientes que queriam aquele appeal. Corta para os anos 2000, quando o grande revival da marca aconteceu: de Serena Van Der Woodsen em Gossip Girl, passando por Rihanna, Paris Hilton e Victoria Beckham, todas pareciam colecionar bandages. Alô millennials!

Duas décadas depois, Hailey Bieber e Kaia Gerber garimparam os seus, assim como a atriz Mikey Madison, enquanto uma nova geração começa a demonstrar curiosidade sobre o vestido-escultura o procurando em sites de second hand. Parece que sempre quando achamos que os anos 2000 serão superados, um novo elemento retorna. Será que esse revival vai mesmo acontecer?

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