Negócios das Kardashians: quais deram certo — e quais fracassaram
Entre sucessos duradouros e projetos que não decolaram, a trajetória empresarial das Kardashian-Jenner revela os altos e baixos de transformar fama em império.
Negócios das Kardashians: quais deram certo — e quais fracassaram
Entre sucessos duradouros e projetos que não decolaram, a trajetória empresarial das Kardashian-Jenner revela os altos e baixos de transformar fama em império.
Quando o assunto é transformar fama em dinheiro, poucas famílias entenderam tão bem o jogo quanto as Kardashian-Jenner. De roupas modeladoras a cosméticos, de tequila a private equity, o clã apostou em todo tipo de negócio. Se deram certo? Bem… alguns fizeram sucesso e seguem firmes até hoje. Já outros não conseguiram furar a bolha e impactar o mercado. Em meio a erros, acertos, rebrandings e algumas portas fechadas, Kim, Kylie, Khloé, Kourtney, Kendall e Kris construíram fortunas que vão muito além da fama do reality show. Mas, afinal, o que realmente vingou entre as mil e uma ideias de negócios da família mais polêmica do entretenimento?
O QUE DEU CERTO
Alguns negócios da família Kardashian-Jenner não apenas deram certo, como também abriram novos caminhos de investimento nos mercados de moda, beleza e lifestyle. A Skims, de Kim Kardashian, é o maior exemplo: lançada em 2019, a marca de roupas íntimas e modeladoras se tornou um negócio multibilionário e hoje é um dos principais cases de sucesso da família. Quer exemplos? Neymar estrelou uma campanha da marca, assim como Tate McRae na última campanha de Natal, que costuma chamar atenção pela direção de arte e escolha de personagens. Além disso, a Skims, atualmente avaliada em 4 bilhões de dólares, anunciou recentemente uma linha em colaboração com a Nike.
Além da linha de underwear, Kim fundou a SKKY Partners, fundo de private equity que também vem ganhando espaço. Desde sua criação, em 2022, a SKKY busca investir de forma minoritária em empresas em ascensão nos setores de consumo, mídia, hotelaria e luxo. Entre os investimentos atuais, estão a linha de cosméticos 111SKIN e a linha de suplementos TRUFF.
Outro destaque é a Kylie Cosmetics. A marca de maquiagem de Kylie Jenner impactou o mercado de beleza, impulsionada pelo marketing nas redes sociais. Lembra do kit com gloss e lápis de boca, popularizado pelo bocão da influencer? Lançado em 2015 como carro-chefe da marca, esgotou em minutos. O sucesso foi tanto que a Kylie Cosmetics chegou ao Brasil em 2022, com exclusividade na Sephora, e continua sendo comercializada por aqui.
A Good American, de Khloé Kardashian, também se firmou como um negócio sólido nos Estados Unidos. Com foco em tamanhos inclusivos e diversidade, a marca de jeanswear conquistou um público que buscava mais representatividade no mercado de moda. Em 2022, a Zara se juntou à Good American para lançar uma coleção cápsula de peças jeans com grade ampliada. As peças incluíam calças skinny de cintura alta, modelos oversized e macacões em jeans elástico.
Mais recentemente, Khloé também lançou uma linha de snacks em parceria com uma cientista PhD em biologia molecular. Chamada de Khloud, o primeiro produto da marca é uma pipoca com 7g de proteína por porção, disponível nos sabores queijo branco, azeite de oliva com sal marinho e uma combinação doce e salgada.
Poosh, de Kourtney Kardashian, é uma plataforma voltada para temas de saúde, bem-estar e cuidados pessoais. O site mantém uma produção constante de conteúdos e comercializa produtos como cosméticos, tapetes de yoga, sais de banho e itens para a pele. Criada em 2019, a Poosh disputa espaço com plataformas como a Goop, de Gwyneth Paltrow.
As irmãs também investiram no mercado de bebidas, especialmente as Jenner. Kendall Jenner associou seu nome à 818 Tequila, destilada no México, enquanto Kylie apostou no público jovem para lançar a Sprinter, uma bebida enlatada que combina vodca premium, suco de fruta natural e água com gás.
O QUE DEU ERRADO
Nem tudo virou ouro. Algumas apostas do clã morreram na praia — ou simplesmente perderam relevância com o tempo. Em 2015, no auge, a família lançou uma rede de aplicativos personalizados para cada uma das integrantes. Por uma assinatura mensal de US$ 2,99, os usuários podiam acessar textos e vídeos exclusivos sobre o estilo de vida de cada uma, com temas que variavam de dicas de moda para eventos a curiosidades, como o vídeo de Kourtney ensinando a comer KitKat de maneira peculiar. Cada aplicativo seguia uma linha própria: Kim Kardashian focava em beleza; Khloé Kardashian em fitness; Kourtney Kardashian em saúde e bem-estar; Kendall Jenner em moda; e Kylie Jenner em maquiagem e música. Os aplicativos ficaram no ar por três anos, sendo descontinuados em 2018. Segundo a Variety, a decisão foi estratégica: valia mais a pena apostar nas redes sociais, onde a audiência era maior, do que manter uma plataforma própria.
Na mesma época, Kim Kardashian lançou o Kimoji, um aplicativo de figurinhas que combinava a estética dos emojis com imagens da própria Kim. Como o iMessage sempre teve grande popularidade nos Estados Unidos, o app fez sucesso nos primeiros anos, sendo impulsionado por atualizações que aproveitavam polêmicas e datas comemorativas. Lembra da capa da Paper Magazine? A imagem de sua bunda virou uma das figurinhas mais baixadas. Outros membros da família também ganharam suas versões. No entanto, com o tempo, o interesse foi diminuindo e o Kimoji acabou caindo no esquecimento.
Essas não foram as únicas iniciativas de negócios familiares que, com o tempo, não resistiram. A Dash Boutique, rede de lojas de moda comandada por Kim, Khloé e Kourtney, começou em 2006 e fechou as portas em 2018, depois de anos de operação e até mesmo um reality show próprio. O maior destaque midiático, além do programa no E!, foi uma participação na série 90210, da CW, em 2010.
Em 2019, a família lançou o Kardashian Kloset, uma plataforma de venda de roupas usadas. Em 2021, o projeto chegou a abrir uma loja física em Las Vegas. Apesar de ainda existir, perdeu relevância com o tempo e hoje ocupa um espaço menor, com impacto reduzido em comparação com outras iniciativas do clã.
Em carreira solo, quem não conseguiu emplacar algo além da função de mommager foi Kris Jenner. Há alguns anos, ela assumiu a frente da Safely, marca de produtos de limpeza criada a partir de seu gosto pessoal por limpeza. Quando começou a divulgar sabonetes para as mãos, limpadores de vidro e detergentes, a repercussão foi negativa, com comentários questionando se a matriarca já havia pegado uma vassoura na vida. Desde então, a marca teve pouca visibilidade e Kris raramente associou sua imagem à Safely.
Entre os lançamentos recentes que deram certo, mas foram interrompidos abruptamente, estão a KKW Beauty e a KKW Fragrance, ambas de Kim Kardashian. As marcas, ainda com o sobrenome de casada da empresária, chegaram a ser avaliadas em mais de US$1 bilhão, mas foram descontinuadas. O fim dessas linhas abriu caminho para o lançamento da Sknn by Kim, marca de skincare que, até agora, não alcançou o mesmo nível de sucesso das anteriores.