Billie Eilish retorna ao universo da perfumaria com o lançamento de Your Turn II, uma nova etapa em sua jornada olfativa. A cantora, que desde a infância guarda lembranças afetivas ligadas a cheiros, de tiras perfumadas de revistas a glosses de baunilha cuidadosamente guardados, conta que sempre se sentiu deslocada entre fragrâncias excessivamente femininas ou colônias tradicionais. Sua proposta era criar um cheiro que finalmente refletisse sua identidade.
A novidade nasce como uma continuidade do perfume Your Turn original, agora com uma abordagem mais sombria e enigmática. A composição combina baunilha orquídea, vetiver, figo e cassis, criando um aroma amadeirado e cremoso, descrito pela artista como “profundo, misterioso e muito pessoal”. Segundo Eilish, desenvolver fragrâncias próprias ainda parece “surreal”, como relatado à Harper’s Bazaar US.
Antes do lançamento, a cantora refletiu sobre sua evolução nos últimos anos. Ela afirma ter reorganizado prioridades, focando no que realmente a entusiasma. Um movimento que se reflete no cuidado dedicado à criação de perfumes. “Quero que cada fórmula venha de um lugar honesto”, comenta.
Memória da infância
O envolvimento com aromas remonta à infância, quando seu pai separava para ela tiras perfumadas de revistas. Os dois passavam o tempo analisando as fragrâncias, descrevendo sensações e até registrando impressões em papel. Ela admite que, desde pequena, associava pessoas e lugares a cheiros marcantes.
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Assim, entre Your Turn e Your Turn II, Billie manteve sua predileção por notas quentes e amadeiradas, evitando perfumes leves demais. Ademais, a artista também compartilhou ideias com amigos e conhecidos durante o desenvolvimento dos aromas, buscando opiniões sinceras para ajustar cada detalhe.
No entanto, a estética dos frascos segue outro princípio pessoal: cada embalagem precisa funcionar como objeto artístico. Para a nova edição, Billie transformou um conjunto de dados metálicos, que guardava há anos, em frasco preto fosco, criando um visual minimalista e imponente.
Se pudesse relacionar o perfume a uma música própria, ela escolhe “Chihiro”, que considera ter o mesmo clima “obscuro e intrigante”.