John Galliano ©Reprodução
Meses após a polêmica dos comentários anti-semitas de John Galliano, do seu afastamento como diretor-criativo da Dior e do diz-que-me-disse no mundo da moda, finalmente saiu a decisão da corte parisiense sobre o destino o estilista: ele foi julgado culpado pelos comentários anti-semitas, mas não será preso e pagará somente os custos legais do processo, além de uma multa simbólica de um euro para cada um de seus autores.
Ele também foi condenado a pagar 4 mil euros por esse caso que aconteceu em fevereiro, e mais 2 mil euros por um outro incidente similar ocorrido em outubro de 2010. O tribunal determinou, porém, que essa quantia só precisará ser paga se Galliano praticar nova infração penal. No fim das contas, a decisão foi bem mais leve do que os mais exaustados esperavam: a pena máxima era de seis meses de prisão mais uma multa de 22.500 euros.
O advogado de Galliano, Aurélien Hamelle, falou sobre o veredicto em entrevista à “BBC”: “Não há pena, por assim dizer, o que é um sinal muito forte vindo do tribunal, porque mostra que eles levaram em consideração seu sincero pedido de desculpas, o fato de que o Sr. Galliano se submeteu a tratamento pelo seu vício”. Na audiência que aconteceu em junho, o estilista havia dito que suas declarações polêmicas eram fruto de seu vício em álcool e em remédios de prescrição, e afirmou, sobre os comentários anti-semitas, que “essas não são ideias nas quais eu acredito. Eu peço desculpas pela tristeza que esse caso todo causou”.
Judicialmente, as implicações para John Galliano foram leves, mas o maior estrago, em sua carreira, já está feito. Paralelamente às especulações sobre o veredicto do estilista, uma das principais notícias das últimas semanas era sobre quem seria o novo diretor criativo da Dior.