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    Blogueiras que viram designers: evolução ou necessidade de mercado?
    Blogueiras que viram designers: evolução ou necessidade de mercado?
    POR Redação

    Jane Aldridge, Aimee Song, Alexandre Birman e Shea Marie na fábrica da Schutz ©Reprodução

    Elas surgiram como porta-vozes, converteram-se em formadoras de opinião e agora buscam a independência dentro, e principalmente, fora da internet. As blogueiras de moda apareceram como simples palpiteiras descompromissadas e, na convergência do sucesso, viraram as queridinhas das assessorias de imprensa e dos departamentos de marketing, sobretudo de marcas de beleza.

    Mas, após muitas controvérsias, tais blogueiras se encontram em um momento transitório, quiçá uma evolução: por meio de parcerias, especialmente com redes varejistas, elas começam a se aventurar como designers e, por consequência, empresárias. No Brasil, essas colaborações ainda são em menor número, já no exterior acontecem com bastante frequência e rendem a ambas as partes lucro (quase) certo e revigoram suas imagens.

    Trajetória “blogueira”: do anonimato às filas A. Agora, a moda é ser designer ©Reprodução

    Em pesquisa veiculada na última semana pelo “WWD”, a instituição norte-americana Cotton Incorporated apontou que 31% dos consumidores dos Estados Unidos buscam inspiração na internet antes de compor seus looks, enquanto 34% deles se baseiam em “pessoas que veem regularmente” e apenas 11% se guiam pelas celebridades. Mas a influência dessas personalidades virtuais, em especial sobre jovens do sexo feminino, é somente uma das razões do interesse por parcerias. A possibilidade de, a partir de um blog, atingir um grupo de leitores segmentadíssimo e fiel, somado ao rejuvenescimento da marca e à possibilidade de aumentar a presença da mesma em ambiente digital estão entre os elementos mais sedutores dessa operação.

    Ainda segundo a pesquisa, a média nos Estados Unidos é de que cada indivíduo adquira roupas duas vezes por mês em lojas físicas, enquanto na internet ele as compre apenas uma vez no mês. Em contrapartida, o tempo gasto no consumo virtual é maior: 112 minutos despendidos online versus 98 minutos em estabelecimentos off-line. E mais, a análise afirma que, para 61% dos questionados, os reviews de produtos em sites e blogs são “muito ou relativamente influentes”.

    Elin Kling para a H&M e camisa da parceria entre Garance Doré e Kate Spade ©Reprodução

    Eis alguns exemplos: a PJK (Patterson J. Kincaid) recentemente anunciou uma parceria com Leandra Medine, do blog “The Man Repeller”, chamada MR x PJK…Just Sayin’, que tem previsão de lançamento para a temporada de Primavera/Verão 2013. A ModCloth está desenvolvendo uma coleção com Elsie Larson, do “A Beautiful Mess”; a sueca H&M já empreendeu colaborações com Elin Kling, do “Style by Kling”; e até a Kate Spade, que não constitui uma rede varejista, mas uma marca de luxo, produziu uma coleção cápsula criada pela blogueira e ilustradora francesa Garance Doré. A GAP, por sua vez, convidou os responsáveis pelo “Refinary29” e pelo “Who What Wear”, além de nomes estrelados do “Lookbook.nu”, para compor looks para seu site “Styld.by”.

    Coleção da Hits Speciallità em parceria com o F*Hits ©Reprodução

    O processo no Brasil ainda engatinha, mas já é possível adquirir itens desenvolvidos por blogueiras (ou socialites) para empresas nacionais como, por exemplo, a coleção criada por Helena Bordon para a Hope, a linha de maquiagem da Tracta idealizada por 12 delas ou os esmaltes da Hits Speciallità produzidos em parceria com o F*Hits. Lala Rudge, no entanto, foi ainda mais ousada e montou sua própria marca de lingerie, chamada La Rouge, que foi lançada no fim de novembro e já é vendida em todo o país. “Quero ser uma espécie de Victoria’s Secret no Brasil, com peças bonitas, sensuais e confortáveis”, comentou em rápida entrevista dada ao site da “Veja São Paulo”.

    – Making of do lookbook da primeira coleção da marca La Rouge, da blogueira Lala Rudge:

    Este agosto deste ano, a Schutz trouxe ao Brasil as blogueiras Jane Aldridge (“Sea of Shoes”), Aimee Song (“Song of Style”), Kelly Framel (“The Glamurai”) e Shea Marie (“Cheyenne Meets Chanel). A princípio, elas foram apresentadas como embaixadoras da marca nos Estados Unidos, mas, em novembro, a Schutz inaugurou sua primeira loja em Nova York com uma coleção especial criada… advinha por quem?

    Ankle Boot criada por Jane Aldridge para a Schutz ©Reprodução

    Procurada pelo FFW, Carol Quinteiro, diretora de planejamento do F*HITS, comentou: “Como blogueiras de moda, elas estão “antenadas” com as tendências. Viajam muito, pesquisam e consomem. Além disso, têm sido constante a presença delas em campanhas. Então isso foi um caminho natural (a criação de uma linha com as escolhas da blogueira). Ainda não é um trabalho autoral, de criação, e sim de “escolhas/dicas” […]. Nada impede, porém, que disso surjam algumas com real talento para criar”. Desse modo, fica claro que, como quase tudo na vida profissional, permanece quem une competência e perspicácia.

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