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    “Mag!” na rede: veja todas as edições e descubra seus bastidores
    “Mag!” na rede: veja todas as edições e descubra seus bastidores
    POR Redação

    revista-mag-disponível-na-integra-na-internetIntervenção sobre capas da “Mag!” ©Romeuuu

    “Eu lembro que quando o Paulo [Borges] falava sobre o nascimento da “Mag!”, ele repetia: ‘Eu quero uma revista generosa!!”, conta, gesticulando os braços, a ainda hoje diretora de criação da revista, Graziela Peres. Pois agora, cinco anos depois, às vésperas do lançamento do seu número 25, a publicação dá continuidade a sua linha editorial baseada na generosidade e tem todas as suas edições disponibilizadas, na íntegra, na internet.

    Aproveitando esse acesso amplo e irrestrito, o FFW conversou com Graziela e com o editor de moda Paulo Martinez – ambos na revista desde a primeiríssima edição – para apresentar bastidores e curiosidades aos seus leitores fieis. Você quer saber, por exemplo, por que a “Mag!” tem o tamanho que tem? “Quando o Paulo pediu uma revista generosa, eu, como designer, interpretei isso como um formato grande, então pesquisei o maior formato possível de impressão pra gente. E como ela tinha que ser generosa, então os editoriais de moda são grandes, as matérias são grandes”, conta a diretora de criação.

    Ela continua: “Eu gosto de dizer que a ´Mag!´ é um projeto que se permite experimentações do ponto de vista fotográfico, de conteúdo — como a gente conta uma história, o que a gente busca quando vai fazer a matéria. Eu acho que ela é uma revista inspiracional, esse é o maior compromisso da ´Mag!´: é trazer inspiração, então tudo nela é feito pra isso”.

    O editor de moda Paulo Martinez elabora: “Hoje a gente vê que todas as revistas estão iguais. Você pega uma “Vogue”, “Elle” — e não estou nem falando das brasileiras, estou falando em geral mesmo — elas com essa mania de fazer fundo branco e a menina pulando, isso virou uma doença; você não sabe que revista é essa, se é “Bazaar”, se é “Elle”, se é “Vogue”. As roupas já são as mesmas, e ainda os fundos são iguais, os movimentos são iguais, então fica tudo uma chatice. Eu acho que elas perderam a identidade nesse ponto aí. E na “Mag!” é diferente porque tem essa liberdade total, e eu procuro sempre contar uma historinha”.

    as-mags-preferidas-do-paulo-martinezAlgumas das “Mag!”s preferidas do editor de moda Paulo Martinez ©Reprodução

    “É tudo meio intuitivo”, Paulo afirma. “Tenho um acervo de livros generoso e pesquiso muito: cinema, literatura — acabei de fazer uma matéria que era em cima do livro do Eça de Queiroz, “O Crime do Padre Amaro”. Olho muito livro de fotografia, e eu invento uma história, isso que é o mais legal, né… Não, nem é isso que é mais legal, inventar uma história você pode inventar. É fazer a sua equipe acreditar nessa história, convencer o fotógrafo a traduzir o seu desejo praquela hora, praquela matéria, fazer o casting pra isso tudo. Mas as minhas pesquisas são basicamente isso, coisas que já vivi – que eu não sou mocinho, né, já tenho 53 anos (risos)  –, referências da minha mãe e do meu pai, dos filmes que vi, dos professores que eu tive, tudo que você vai captando e isso vai virando bagagem pra você criar essas coisas”.

    Entre suas “Mag!”s preferidas, Paulo destaca a Geleia Geral, a Alegria, a África, a Liberdade e a Jeans. Sobre estas duas últimas, ele explica: “São duas revistas que a gente fez o casting incrível com albinos, negros, japoneses, índios. Eu adoro essa coisa de Brasil, sabe? Falar bem de Brasil… fico muito orgulhoso que 99% das roupas que a gente fotografa na “Mag!” são de marcas brasileiras. Se eu preciso de uma saia preta e essa saia preta existe na Gloria, no Reinaldo e no Alexandre, pra que eu vou fotografar uma da Gucci? Eu acho que enquanto a gente não der valor pra nós mesmos, sempre vamos ser meio colonizadinhos pelas coisas que vêm de fora”.

    Quer mais histórias de bastidores? Graziela Perez seleciona cinco “Mag!”s marcantes e conta o que rolou na produção de cada uma:

    BERLIM (veja na íntegra aqui)

    mag-berlim-entrevista-graziela-peres-e-paulo-martinezCapa e imagem de editorial do Paulo Martinez na “Mag!” Berlim ©Reprodução

    “Foi super importante porque representou a internacionalização da “Mag!”. Nós íamos fazer a revista lá, mas houve um imprevisto e nós não pudemos viajar. Então fiz a revista toda com comunicação digital, via Skype, e isso abriu muitas possibilidades no processo de construção, de confecção da revista. Foi muito revolucionária. E teve também uma das modas mais maduras do Martinez, inspirada em símbolos, feita com o Jacques Dequeker”.

    ALEGRIA (veja na íntegra aqui)

    mag-alegria-entrevista-graziela-peres-e-paulo-martinezCapa e imagem de editorial do Paulo Martinez na “Mag!” Alegria ©Reprodução

    Adoro a capa. E gosto muito da revista pelo tema; optamos por falar de ‘alegria’ em vez de ‘felicidade’, e isso foi uma mudança que mexeu com a minha cabeça. Porque a felicidade é complexa, enquanto a alegria é fácil; ela está aqui, está perto, é uma opção ser alegre – e é melhor ser alegre do que ser triste, né? Entender isso foi muito importante. E também, essa foi a edição que inaugurou os editoriais enormes do Martinez, foi um marco”.

    CENTRO (veja na íntegra aqui)

    mag-centro-entrevista-graziela-peres-e-paulo-martinezCapa e imagem de editorial do Paulo Martinez na “Mag!” Centro ©Reprodução

    “Acho a capa incrível, uma das melhores que já fiz. Tinha uma foto dentro da revista que achei que daria uma capa, e o Paulo falou, ‘ah, eu fiz pensando nisso’ — porque eu e o Paulo trabalhamos há tanto tempo juntos que quando vejo as fotos e sei que essa vai dar uma boa capa, vou falar com ele e ele também pensou na possibilidade. Então tinha essa foto, de um menino deitado, mas na grama e vestido. Quando eu olhei, falei ‘Nossa, essa pose, é tão fetal, tão dentro… mas seria lindo se ele estivesse nu’. Aí o Paulo falou ‘Bom, então vamos fazer’. E desde que vi essa pose eu pensei em uma espiral mesmo, que começa no centro e vai expandindo, de forma aberta. E enfim, eu estudei Belas Artes, me lembro sempre dessa história do retângulo áureo, da proporção perfeita, então quando vi esse menino, lembrei disso”.

    FUTURO (veja na íntegra aqui)

    mag-futuro-entrevista-graziela-peres-e-paulo-martinezCapa e imagem de editorial do Paulo Martinez na “Mag!” Futuro ©Reprodução

    “Também foi super desafiadora; o tema é desafiador, e a gente resolveu fazer uma revista com design totalmente diferente. Quase todas as imagens foram feitas em cima de fotos de gente do flickr, não necessariamente conhecidas. A tecnologia hoje está muito democrática, é fácil você ter uma câmera, então a gente resolveu fazer uma pesquisa forte e fazer também imagens que fossem meio absurdas, porque o futuro, na realidade… é meio absurdo você ficar discutindo sobre o futuro. Então não era uma coisa nonsense, mas é que as imagens podiam significar várias coisas”.

    MÃO DUPLA (veja na íntegra aqui)

    mag-mao-dupla-entrevista-graziela-peres-e-paulo-martinezCapa e imagem de editorial do Paulo Martinez na “Mag!” Mão Dupla ©Reprodução

    “Acho uma edição super importante, é deste ano que estamos trabalhando com contrastes, oposições, e eu gosto muito porque finalmente, depois de anos de “Mag!”, a gente conseguiu resgatar uma coisa que era do projeto inicial, que era a diversidade, os diferentes papeis, e a gente conseguiu nessa, pela primeira vez (risos). E é a primeira edição que a gente fez iPad, então eu acho também que é um divisor de águas, é um pouco o futuro da revista. Eu adoro, acho que deu certo, uma revista boa de ler, tem muito conteúdo extra. A gente fez vários filminhos de moda, entrevistas, mini-documentários, muita coisa legal, e está tudo disponível pela Apple Store, de graça”.

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