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    POR Camila Yahn

    A instalação de Tilda Swinton “The Maybe”, em exibição no MoMA em Nova York ©Reprodução

    Tilda Swinton, atriz, artista plástica e eventual modelo, se envolve em todo o tipo de arte. As suas mais recentes empreitadas incluem ser o rosto da coleção de Pre-Fall Métiers d’Art Paris-Edimburgo, que a Chanel apresentou em dezembro de 2012 na Escócia, e um papel no vídeo da música “The Stars (Are Out Tonight)” de David Bowie, ao lado de Andrej Pejic e Saskia De Brauw. Swinton está também com uma instalação em exposição no MoMA, em Nova York. “The Maybe” (“O Talvez”), apresentada pela primeira vez em 1995 na Serpentine Gallery, em Londres, consiste em uma caixa de vidro onde a atriz fica “em exposição” durante algumas horas. Ela foi exibida no museu no dia 24 de março e acontecerá mais seis vezes neste ano no mesmo local.

    – Video de David Bowie para o segundo single do álbum “The Next Day”, que conta com Tilda Swinton, Andrej Pejic e Saskia De Brauw:

    Além de altamente respeitada no mundo do cinema, Tilda tem se tornado cada vez mais uma musa da moda, característica que detém faz tempo. Já em 2003, os estilistas da Viktor & Rolf se inspiraram nela para criar uma apresentação de “sósias Swinton”. O desfile, “One Woman Show” (“Show de uma mulher só”), mostrava todas as modelos como cópias de Tilda enquanto a mesma lia um poema de sua autoria que dizia: “There is only one you. Only one” (“Só tem uma de você. Só uma”). E, até hoje, o destaque de Tilda nesse universo continua forte: ela foi o rosto da campanha de Inverno 2011 da marca Pringle of Scotland, e volta e meia aparece em capas de revista e editoriais. Ela também é muito amiga de Haider Ackermann, e está sempre com o estilista e na primeira fila de seus desfiles.

    Tilda Swinton no desfile da Viktor & Rolf em 2003 e na campanha da Pringle of Scotland de 2011 ©Reprodução

    Capa e editorial da revista “W” em 2011 ©Reprodução

    Mas a sua reputação vai muito além de musa da moda; ela é uma atriz versátil e de renome e uma figura bastante respeitada no meio artístico, não só devido a sua carreira rica em diferentes referências culturais e artísticas, mas também devido a sua formação política e social.

    Katherine Matilda Swinton, ou Tilda Swinton, como a conhecemos hoje, nasceu em Londres em novembro de 1960, no seio de uma família privilegiada. Ela é filha de mãe australiana, e o seu pai é o Major-General escocês Sir John Swinton de Kimmerghame, de uma família anglo-escocesa tradicional, cujas raízes remontam até o século 9. Enquanto criança, frequentou a escola West Heath Girls’ School, na mesma classe que Diana, princesa de Gales, e em 1983, graduou-se em Ciências Sociais e Politicas pela Universidade de Cambridge.

    No início dos anos 80, Swinton trabalhava com teatro em Edimburgo, embarcando em uma carreira de cinema logo em seguida. Participou de vários filmes de Derek Jarman, como “War Requiem”, uma espécie de poema visual sem diálogo, e “Edward II”, que em 1991 lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Veneza.

    A versatilidade de Tilda Swinton: no filme “Orlando” e em ‘”As Crônicas de Nárnia” ©Reprodução

    No entanto, o seu papel mais notável dessa época vem do filme “Orlando – A Mulher Imortal”, uma adaptação cinematográfica do romance de Virginia Woolf, no qual o seu personagem, pertencente à nobreza, vive por 400 anos, mudando de sexo de homem para mulher. O filme de 1992, no qual Tilda ajudou financeira e criativamente a diretora Sally Potter, continua até os dias de hoje com uma devota legião de fãs.

    A atriz foi nomeada para o seu primeiro Globo de Ouro de Melhor Atriz em 2001, pelo filme “Até o Fim”; e em 2008, ela ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua atuação em “Conduta de Risco”, contracenando com George Clooney e Tom Wilkinson; o trabalho lhe rendeu também um prêmio BAFTA na mesma categoria.

    Em 2009, a atriz aprendeu a falar russo e italiano para o filme de Luca Guadagnino “Um Sonho de Amor”, indicado ao Oscar 2011 de Melhor Figurino, pelos vestidos minimalistas usados por Swinton de belos cortes e cores vivas, todos de Raf Simons para Jil Sander, com a curadoria da italiana Antonella Cannarozzi. Outra nomeação ao Globo de Ouro veio com o papel de Eva Khatchadourian em “Precisamos falar sobre Kevin”, em que interpreta o papel extremamente humano e controverso da mãe de um adolescente problemático tentando resolver um conflito interno bastante intenso.

    Tilda Swinton no filme “Sonho de Amor” em um dos figurinos de Raf Simons para Jil Sander ©Reprodução

    – Curta-metragem que Tilda fez em parceria com a “Dazed & Confused”:

    Na sua carreira recheada de sucessos, Tilda Swinton tem ainda tempo para se dedicar à fundação que tem em conjunto com o diretor Mark Cousins, a 8 ½ Foundation, que celebra o aniversário de oito anos e meio de crianças escocesas com eventos cinematográficos. A ideia surgiu em 2005 quando Tilda fez um discurso em São Francisco sobre o estado do cinema no mundo. O discurso, que inspirou Mark Cousins, estava no formato de uma carta ao seu filho de oito anos e meio.

    Preferindo sempre arte à fama, Tilda é dona de uma personalidade discreta porém impactante, que seja no cinema, no tapete vermelho ou em um desfile, é uma das mais elogiosas traduções da mulher contemporânea.

    Tilda Swinton em dois looks Lanvin: no Oscar 2009 e nos SAG Awards 2012 ©Reprodução

    Tilda Swinton na cerimônia dos Oscars 2008 de Lanvin e no Globo de Ouro 2012 de Haider Ackermann ©Reprodução

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