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    Melhor Figurino: leia tudo sobre os indicados ao Oscar, que acontece hoje
    Melhor Figurino: leia tudo sobre os indicados ao Oscar, que acontece hoje
    POR Redação

    A 83ª premiação do Oscar acontece neste domingo (27.02) — e se você ainda não assistiu a todos os indicados na categoria de Melhor Figurino, o FFW preparou um guia para você entender o trabalho realizado em cada um dos filmes. Acompanhe e faça as suas apostas!

    O DISCURSO DO REI

    o-discurso-do-rei-indicado-ao-oscar-de-melhor-figurino©Reprodução

    “O Discurso do Rei” se passa nos anos 1930 e é focado especialmente em 3 personagens: o rei George VI (Colin Firth), a rainha Elizabeth (Helena Bonham Carter) e o terapeuta da fala Lionel Logue (Geoffrey Rush). Em entrevista ao jornal “Seattle Times”, a figurinista Jenny Beavan (em sua 9ª indicação ao Oscar) conta que muitas das peças utilizadas no filme são originais dos anos 1930; o rei Eduarto VIII (Guy Pearce), por exemplo, usa quase exclusivamente peças vintage: “elas estavam incrivelmente comidas por traças, mas nós as emendamos”, ela diz.

    Um aspecto interessante do trabalho deste filme é que, apesar de se basear em personagens reais e de Beaven ter se guiado por fotografias e cine-jornais de verdade, ela não quis simplesmente recriar os looks: “Eu queria que os atores tiverem uma aparência natural como as pessoas de verdade… Às vezes, usar exatamente o que eles usaram não funciona. Os atores parecem usar fantasias”, ela explica. A rainha Elizabeth, por exemplo, favorecia cores vivas, mas em “O Discurso do Rei”, ela é vista apenas em neutros e peças discretas: “Nós achamos muito melhor escurecer as cores das roupas dela. Você acredita mais nela”, Beavan conta.

    O figurino de George VI também tem uma curiosidade: na vida real, ele era muito magro, por não ter sido propriamente alimentado quando criança; Colin Firth estava preocupado em parecer o mais magro possível, e Beavan permitiu que ele não usasse o paletó sob o casaco em algumas cenas, para garantir uma silhueta mais esguia. “Eu não tive tempo de puní-lo por isso”, ela diz na entrevista, rindo, e continua: “Eu sei que não está certo na parte do pescoço, e isso ainda me irrita, mas que seja! É importante que os atores se sintam o melhor possível, para que eles não tenham que pensar sobre o que estão vestindo”.

    BRAVURA INDÔMITA

    bravura-indomita-indicado-ao-oscar-de-melhor-figurino©Reprodução

    Esta é primeira indicação ao Oscar de Mary Zophres, que é colaboradora de longa data dos irmãos Coen: ela trabalhou em “Fargo” (1996), “O Grande Lebowski” (1998) e “Onde os Fracos não têm vez” (2007), entre outros; “Eu amo trabalhar com os irmãos Coen. True Grit foi a nossa décima colaboração em filme então, como você pode imaginar, há uma facilidade de comunicação que foi desenvolvida tanto verbalmente quanto visualmente. Eles são muito preparados, muito colaborativos e apesar de serem meus chefes, eles são como a minha família”, ela afirma em entrevista ao site “Frock Talk”.

    Talvez você não saiba, mas “Bravura Indômita” é o remake de um faroeste de 1969; Zophres conta, porém, que os diretores lhe pediram para se basear exclusivamente no livro que deu origem ao filme, um romance homônimo de Charles Portis, e que ela leu 3 vezes antes de ler o script.

    Os figurinos dos personagens centrais de “Bravura Indômita” praticamente não mudam durante o filme, mas todos eles têm visuais marcantes, quase como uma assinatura. Os chapéus, por exemplo, são únicos para cada personagem: “O chapéu é provavelmente a parte mais importante de um figurino em um western. Ele diz centenas de coisas. Quando um personagem ganhava um chapéu, eu não o usava em outro ator. O chapéu certo, o corte certo e o envelhecimento certo. Isso é o que eu achei crucial para o design em “Bravura Indômita”, ela conta.

    O site “Clothes on Film” fez em vídeo em que Mary Zorphes fala sobre o figurino dos personagens centrais (Jeff Bridges como Rooster Cogburn, Hailee Steinfeld como Mattie Ross, Matt Damon como La Beouf e Barry Pepper como Lucky Ned Pepper), com depoimentos dos próprios; vale a pena assistir! Veja aqui, em inglês.

    ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

    alice-no-pais-das-maravilhas-indicado-ao-oscar-de-melhor-figurino©Reprodução

    Vencedora de 2 Oscars (“Chicago” e “Memórias de uma Gueixa”), Colleen Atwood recebe sua 9ª indicação ao prêmio com “Alice no País das Maravilhas”; no vídeo abaixo, a figurinista apresenta detalhes das roupas dos personagens principais: Alice (Mia Wasikowska), Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) e Rainha Vermelha (Helena Bohnan Carter):

    THE TEMPEST

    the-tempest-indicado-ao-oscar-de-melhor-figurino©Reprodução

    Quem acompanhou o Oscar 2010 deve lembrar do momento em que Sandy Powell levou seu prêmio terceiro prêmio de Melhor Figurino, por “A Jovem Rainha Victoria”, e deu uma alfinetada na Academia por sua insistente preferência por figurinos de época e de musicais; em seu bem-humorado e irônico discurso de agradecimento, ela dedicou o seu prêmio “aos figurinistas que não fazem filmes sobre monarcas mortos ou musicais cintilantes”.

    Pois em 2011 ela é novamente indicada ao Oscar por um figurino de época, mas desta vez, em uma versão mais “experimental”, em “The Tempest”, baseada na obra homônima de William Shakespeare. Powell criou uma abordagem meio punk às roupas da corte elizabetana, e explica que a decisão surgiu de uma necessidade prática: com um orçamento relativamente baixo de US$ 200 mil, ela precisou criar alternativas mais baratas ao luxo dos bordados de ouro _daí a grande quantidade de zíperes dos figurinos masculinos, por exemplo. Uma curiosidade: o ator David Strathairn, que interpreta o rei Alonso, passou 2 dias prendendo adornos de metal as suas próprias roupas do filme. “Nós tínhamos tão pouco tempo e dinheiro que a única maneira de finalizar tudo era aceitar todas as ofertas de ajuda”, Powell revela.

    UM SONHO DE AMOR

    eu-sou-o-amor-indicado-ao-oscar-de-melhor-figurino©Reprodução

    Em seu segundo trabalho com o diretor Luca Guadagnino (o primeiro foi “Melissa P”, de 2005), a figurinista Antonella Cannarozzi conta que foi instruída a começar pela paleta de cores: “Começar pela pesquisa cromática é comum para mim, mas neste filme as cores tinham que bater com o ritmo da história”, ela diz em entrevista à “Another Magazine”. Daí a evolução das cores usadas por Emma Recchi, interpretada por Tilda Swinton: neutros no início da história, laranjas virantes e vermelho no meio, no contexto da paixão, e cinzas mais ao final.

    Produzido por Silvia Venturini Fendi, da família Fendi, os personagens de “Um Sonho de Amor” foram quase todos vestidos por essa grife e pela Jil Sander _mais especificamente, pelo diretor criativo dessa marca, Raf Simons. “A nossa colaboração foi total. Antes de começar ele quis olhar todo o meu material de pequisa, então nós começamos a nos confrontar. Nós olhávamos para peças de testes velhas e novas, mudando formatos e proporções para deixá-las mais femininas e provamos cores e tecidos – foi uma experiência fantástica”, afirma.

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