Em um cenário cada vez mais impactado por rotinas aceleradas, estímulos digitais e exigências emocionais, soluções inusitadas para lidar com a ansiedade e o estresse têm chamado atenção. Principalmente entre jovens, adultos e os consumidores da geração Z. Um exemplo curioso e crescente? O uso de chupetas por adultos como uma ferramenta de relaxamento e autocuidado.
Segundo o portal South China Morning Post, a tendência, que se fortalece principalmente na China, se destaca não apenas pelo aspecto funcional, mas também pelo apelo estético e emocional. Entretanto, tradicionalmente associadas à infância, as chupetas agora surgem como símbolo de uma busca coletiva por conforto em tempos desafiadores.
Sob uma nova ótica de autocuidado, marcas locais começaram a comercializar chupetas com foco no bem-estar emocional. Prometendo melhorar a qualidade do sono, reduzir os níveis de estresse e até ajudar no controle da ansiedade, o acessório passou a ser explorado também como alternativa a práticas como aromaterapia, chás calmantes ou meditação.
Contudo, a psicologia explica esse comportamento por meio do conceito de regressão emocional — um retorno inconsciente a fases anteriores da vida em busca de segurança. O gesto de sucção, associado ao conforto do início da infância, torna-se um refúgio emocional em meio ao caos da vida adulta.
Design criativo e estética personalizada
Nas redes sociais, a estética também impulsiona o movimento. Influenciadores e criadores de conteúdo compartilham vídeos onde mostram como personalizam suas chupetas com miçangas, pedrarias e adesivos. Transformando o objeto em uma extensão de seu estilo pessoal.
Por fim, mais do que uma tendência de bem-estar, o uso das chupetas entre jovens se encaixa na estética nostálgica que vem dominando as passarelas, a beleza e o street style: o kidcore. A moda, que valoriza elementos lúdicos e infantis, reforça essa conexão emocional com o passado — agora ressignificada sob uma nova luz de autocuidado e identidade