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    Selo AR
    Selo AR
    POR Augusto Mariotti

    por Flavia Brunetti, em colaboração para o FFW

    Os participantes da mesa-redonda de apresentação do selo AR ©Daniel Deak/Agência Fotosite

    Uma das mesas-redondas mais inusitadas da história do São Paulo Fashion Week aconteceu na quarta-feira (31.10) de manhã no Parque Villa Lobos. O diretor criativo do evento Paulo Borges e a jornalista de moda Lilian Pacce lideraram a conversa entre Rony Meisler, da marca carioca Reserva, José Junior, do AfroReggae, e Roseli Costa, a mulher que foi considerada por anos a mais poderosa do narcotráfico do Rio de Janeiro.

    O motivo desse encontro foi lançar oficialmente o selo AR, que nada mais é do que um “atestado” para a empresa que o possuir de que ela está financiando projetos de reinserção social. Três multinacionais já aderiram à iniciativa: Natura, Red Bull e Evoke.

    É um esforço conjunto da indústria da moda para contribuir com causas sociais e “tirar o estigma e a carga pesada das nossas costas de que somos elitistas. Isso era há 20 anos. A moda mudou e é muito mais democrática”, disse Paulo Borges. “Hoje eu só acredito em reinserção. Não existe mais essa coisa de ‘bandido bom é bandido morto'”, lançou Rony, e então o maior exemplo dessa filosofia falou: “Sou ex-dona de morros de favelas no Rio de Janeiro, não houve na história do crime alguém com mais poder que eu”, contou Roseli. “Eu dava tiro de fuzil como quem tirava foto na rua”.

    “Quando chamei a Rose pro AfroReggae, fiz várias visitas a ela no presídio (Rose está em regime semi-aberto até hoje). E quando ela veio, teve que andar com escolta por meses, havia um plano para querer matá-la”, contou Junior. “A gente trabalha com um público que ninguém quer trabalhar. Pelo menos agora as empresas terão a chance”, continuou o líder do grupo.

    E uma salva de palmas entusiasmada foi dada pelo público quando a ex-traficante contou que “mesmo quando eu estava no crime, sempre comprei revistas de moda e achava uma loucura essa coisas dos desfiles. Ontem, pela primeira vez assisti a um. Voltei pra cela a noite e agradeci tanto a Deus por isso!”.

    E no relacionado a moda, “a Reserva vai dar o direcionamento e consistência para o movimento AfroReggae e o AfroReggae vai dar o impulso social para que a Reserva seja exemplo para outras marcas”, concluiu Lilian Pacce.

    Os produtos dessa parceria já estão à venda aqui no São Paulo Fashion Week, na loja Pop Up, – camisetas, polos, moleskine, moletom e pôster – e chegam às prateleiras da Reserva em novembro. Todas as estampas e desenhos foram desenvolvidos pelo coletivo alemão eBoy.

    O grupo mostra um pôster AR assinado pelo coletivo eBoy ©Daniel Deak/Agência Fotosite

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