Seleção Brasileira deve usar vermelho na Copa — e não é a primeira vez

Possível nova camisa 2, feita pela Jordan Brand, quebra tradição e atualiza cor já improvisada em jogos históricos da Seleção.

Seleção Brasileira deve usar vermelho na Copa — e não é a primeira vez

Possível nova camisa 2, feita pela Jordan Brand, quebra tradição e atualiza cor já improvisada em jogos históricos da Seleção.

POR Laura Budin

Nesta segunda (28.04), o site Footy Headlines – famoso por vazar uniformes antes do lançamento – cravou: a camisa 2 da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 será vermelha. Sim, vermelha. O uniforme, que quebraria uma tradição de mais de 60 anos com o azul, será produzido pela Jordan Brand, braço esportivo da Nike ligado a Michael Jordan, e deve ser lançado no primeiro trimestre de 2026.

Contexto

A notícia causou alvoroço nas redes e levantou a dúvida: pode isso, CBF? De acordo com o estatuto da entidade, as camisas oficiais devem seguir as cores da bandeira – verde, amarelo, azul e branco – salvo em casos comemorativos aprovados pela diretoria. Como já aconteceu em 2023, quando a Seleção vestiu preto em protesto contra os ataques racistas contra Vinícius Júnior, o vermelho pode sim entrar em campo – desde que com aval da Confederação.

Em 2023, o Brasil usou um uniforme preto contra Guiné, em uma ação da CBF contra o racismo, com jogadores se ajoelhando e se sentando no gramado.

Por que vermelho?

Segundo o veículo internacional, a escolha da cor veio com um briefing emocional: energia, paixão e força – valores que a nova geração da CBF quer colar na imagem da seleção. Ainda sem imagens oficiais, os rumores apontam para um vermelho vibrante, com detalhes em verde e amarelo.

O Brasil já vestiu vermelho antes

Em 1917, o Brasil usou vermelho pela primeira vez devido a um sorteio, já que tanto o Uruguai quanto o Chile jogavam de branco.

E por mais chocante que pareça, o Brasil já teve seus flertes com o vermelho antes: em 1917, no Campeonato Sul-Americano, enfrentando o Chile, a equipe improvisou o tom para evitar confusão com o branco dos adversários. Depois, em 1936, novamente pelo torneio, o time usou camisas emprestadas do Independiente, da Argentina, no duelo contra o Peru — também por conta do uniforme branco do então adversário. Nenhuma das duas vezes foi oficial, mas ambas ficaram registradas como exceções no baú de histórias da seleção.

Em 1936, o Brasil teve que improvisar novamente, vestindo o uniforme do Independiente, da Argentina, contra o Peru no Sul-Americano.

Com a possível nova camisa, o vermelho volta agora de forma intencional – e estratégica. Além de potencializar o storytelling da marca Brasil, pode abrir caminho para outras ações de marketing ligadas à campanha rumo à Copa.

Enquanto a cor oficial ainda não é confirmada, a gente mostra no carrossel os vários momentos em que a seleção usou camisas não-oficiais e fora das cores da bandeira em competições oficiais.

Você sabia disso?

Não deixe de ver
Alexander McQueen: a história do designer chega aos palcos da Broadway, em Nova York
Entre a lei e o feed: por trás da estética da inocência em tempos digitais
Havaianas e Dolce & Gabbana lançam segunda coleção de chinelos
Supermodel blond: Bella Hadid estreia novo visual loiro em Cannes
Lyas: entre o humor e a moda
Adidas volta a vestir o Brasil nas Olimpíadas, a partir de 2026
Julia Gastin traz imaginário nacional para a joalheria
Glenn Martens estreia na alta-costura da Margiela
Do escritório às ruas: A alfaiataria cinza virou protagonista
Por que todo mundo está falando de Alaïa?