Há alguns anos, exibir o logo de uma bolsa gerava status, que variava dependendo da marca. Gucci e Louis Vuitton causaram a febre da logomania, com linhas de acessórios cuja estampa era o próprio logo da grife. Com a crise, os consumidores e a moda entenderam que é feio ostentar e optaram por um comportamento mais discreto. Pois agora, o novo máximo é o mínimo. Na China, onde o mercado de luxo cresce a cada dia, a elite consumidora está procurando mais exclusividade, e definiu que a maior sofisticação está em bolsas que não exibem plaquinhas mostrando a que marca pertence.
E parece que o país asiático detonou uma nova onda no mercado de luxo. As grifes estão aprendendo a manter a aura de exclusividade escondendo seus logos, numa lógica de que, para bom entendedor, o material e o design do acessório bastam. Chanel e Victoria Beckham foram algumas das marcas que já aderiram às bolsas sem etiquetas externas.
Quem também optou por deixar a identificação óbvia de lado foram as gêmeas Olsen. Mary-Kate e Ashley dispensaram etiquetas na hora de criar a coleção de bolsas de sua marca The Row. “As consumidoras estão julgando o produto baseado no valor real da peça. Para nós, isso sempre foi um parâmetro”, elas contam ao site red-luxury.com. Detalhe: uma bolsa de $ 34 mil estava na coleção e foi vendida.
Tomas Maier, designer da Bottega Veneta, também concorda. “Quando eu entrei na Bottega, imediatamente eliminei tudo que distraia o foco dos produtos. A força da marca não tem nada a ver com tendências de curto prazo”, diz.
“Quando uma mulher consegue uma peça difícil, elas são recebidas por suspiros de admiração e, em alguns casos, até de inveja. Quem precisa de logo com esse tipo de reconhecimento?”, questiona Sarah Ruston, diretora de compras da Lane Crawford, uma das mais importantes lojas de departamento da Ásia. Você concorda?