Mila Kunis, 27, poderia ter apenas uma carreira ordinária em Hollywood. Ucraniana radicada nos EUA, passou dez anos no ar na TV americana com sitcom “That 70s Show”, ao lado de Ashton Kutcher. Depois que a série foi cancelada, fez uma ou outra comédia americana, pontas em programas de TV e projetos paralelos.
Hoje, Kunis é a menina dos olhos da imprensa e dos estúdios americanos. Culpa de “Black Swan”, filme indicado ao Oscar de Melhor Filme e que a catapultou a um nível de reconhecimento inédito em sua trajetória: o de atriz dramática. Seu rosto estampa as capas das revistas “W”, “Nylon”, “Los Angeles Times” e também no “Hollywood Issue” da Vanity Fair.
Tudo por causa de Lily, a arquiinimiga de Nina (Natalie Portman). Seu personagem é fundamental para construir o sentimento mais visceral do longa-metragem: que perfeição não é páreo para o carisma ou sex appel. Qualidades que, aliás, ela tem de sobra. “Quem é essa garota? Tão bonita, charmosa, sexy, inteligente”, indagou o diretor Daren Aronofsky, ao vê-la pela primeira vez.
“Quando se fala em personagens, seja em comédia, drama ou horror, é a mesma coisa — você quer ser honesto com o personagem e interpretá-lo com verdade, quer que ele seja genuíno. O aspecto físico [de fazer Black Swan] foi o mais perto que cheguei de um colapso nervoso”, comentou Mila sobre os 10kg perdidos para o papel, além de três meses de ensaios de balé antes das gravações sequer começarem.
E apesar de surfar no sucesso do filme, a atriz adianta que não tem pressa _ou ambições exageradas. Seu próximo filme é “Amigos Com Benefícios” (uma comédia romântica com Justin Timberlake). “Fazer comédia é tão ou mais difícil do que drama”, explica, “porque precisa ser eterno. O que é engraçado hoje pode não ser amanhã […] É preciso ter uma voz de humor”. Um descompromisso e espontaneidade que devem deixar Portman roendo as unhas de inveja…