Farida Khelfa vai leiloar 200 peças de roupas, acessórios e sapatos. Ícone da moda, ela realizará uma enorme liquidação de closets de seu acervo, que conta com roupas desde o início de sua carreira na moda. Aliás, ao WWD, ela confessou sentir uma profunda conexão emocional com as roupas. Saiba os detalhes!
Metade dos itens presentes no acervo são peças Alaïa, como casaco de pelo de bezerro com estampa de leopardo, um vestido de noite de veludo preto e uma jaqueta de pelo de cabra creme. Além disso, a modelo também irá leiloar um body e uma jaqueta de manga curta da inovadora colaboração de Alaïa com a varejista de descontos Tati.
“Eles representam praticamente toda a minha vida na moda, desde o início até os dias atuais. De certa forma, me despedir deles é como dizer adeus a alguém muito próximo. Nunca é fácil, mas às vezes abrir mão deles é importante para a saúde mental, e eu realmente gosto da ideia de que eles continuarão sendo usados por outras pessoas”, disse ela ao site.
Aliás, ela ainda disse que aprendeu com o falecido designer como cuidar das roupas. “Passei anos com ele arquivando toda a sua coleção — não apenas seus próprios designs, mas também as peças que ele adquiriu”, explicou. “Com essa experiência, desenvolvi um profundo respeito pela preservação e cuidei do meu próprio guarda-roupa com o mesmo nível de cuidado”.
Ver essa foto no Instagram
Objetivo da liquidação de Farida Khelfa
Ao WWD, Khelfa ainda contou que, quando mudou de sua casa, aproveitou para fazer uma limpa e transferiu inúmeras peças para um depósito nos arredores de Paris. Aliás, uma sessão de fotos sobre essas peças ajudou a modelo a ter ideias para criar a liquidação. “Quando vi tudo o que tinha acumulado, comecei a surtar com a ideia de me tornar uma acumuladora”, confessou. “Pensei comigo mesma: não vou levá-los para o túmulo”, afirmou.
Mas como acontecerá essa liquidação? De acordo com Farida Khelfa, a venda será online, realizada pela Maurice Auction, entre os dois 20 de novembro e 11 de dezembro. A renda recebida será destinada à organização sem fins lucrativos francesa RIACE, que ajuda refugiados, incluindo menores desacompanhados.
“Nasci na França, mas meus pais vieram da Argélia. Eles cruzaram o Mediterrâneo na esperança de construir uma vida melhor para nós, fugindo de um país marcado pela guerra e pela pobreza. Por isso, estou convencida de que, se acolhermos as pessoas com dignidade, se as apoiarmos e estivermos ao lado delas, isso será extremamente benéfico para a sociedade francesa como um todo”, disse ela.