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    Made in Quênia: estilistas apostam em produção no país africano
    Made in Quênia: estilistas apostam em produção no país africano
    POR Redação

    Made in India, made in China, made in Brazil. Que lugares você está acostumado a ver nas etiquetas de suas roupas? Uma indicação de “feita no Quênia” pode ser rara, mas só por enquanto. Vivienne Westwood criou uma coleção de bolsas em parceria com o Programa de Moda Ética, ligado às Nações Unidas. Todas feitas a partir da reciclagem de anúncios de beira de estrada e antigas tendas de safári. Cada bolsa foi feita à mão, por um grupo de 69 mulheres que vivem e trabalham em favelas de Nairóbi, no Quênia. E a equipe da estilista inglesa demanda profissionalismo das trabalhadoras africanas. “É trabalho, não caridade”, defende a equipe. Westwood gostou do resultado e deve repetir a dose, fazendo uma coleção ainda maior.

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    A coleção de bolsas criada por Vivienne Westwood © Reprodução

    A loja online ASOS lançou no ano passado o projeto ASOS Africa. Duas vezes no ano, a marca lança uma coleção desenhada no QG da grife, em Londres, mas produzida no Quênia, em um workshop organizado pela SOKO, organização que oferece um pequeno workshop para costureiros e artesãos do Quênia. Lá os trabalhadores _na maioria mulheres_ ganham salários justos pela produção das peças, cerca de £6,50 por dia (o equivalente a R$ 20), quase o dobro do salário mínimo local.

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    Jessica Ogden assinará uma coleção por ano para o projeto ASOS Africa
    © Reprodução

    Desta vez, a coleção é assinada pela estilista jamaicana radicada em Paris Jessica Ogden, e a cada item vendido, cinco libras são revertidas para a SOKO e a ASOS ainda doa cinco libras adicionais. Jessica criará uma linha para o projeto por ano. “O fato de dar um retorno para a comunidade faz tudo brilhar. Sou jamaicana e sei a diferença que faz colaborar com uma pequena comunidade. Não é só conversa, é real e afeta as pessoas”, disse Ogden para o jornal inglês “The Telegraph”.

    Quem também aposta no Quênia é o estilista Max Osterwis. Em 2008, ele criou a Suno, fazendo uma coleção que trabalhava com tecidos vintages, vindos direto do Quênia. “Comecei a marca porque queria dar trabalho para as pessoas do país”, diz Osterwis, que tomou a decisão logo depois dos episódios de violência que marcaram a eleição local em 2007. “Eu quis criar empregos de longo prazo, e mostrar que investir na África não é só construir novos safáris”, defendeu o estilista. A marca mantém mais de 50 pessoas trabalhando o ano inteiro e trouxe treinamento dos Estados Unidos para os costureiros quenianos. Hoje, a Suno está no calendário da semana de moda de Nova York.

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    Inverno 2012 da Suno, desfilado em Nova York © Reprodução

    A Edun também produz no país africano. A grife foi criada como empresa sem fins lucrativos, por Bono Vox e sua esposa, Ali Hewson. No ano passado, a marca foi adquirida pelo conglomerado de luxo LVMH e, como Vivienne Westwood, não está produzindo no uênia por caridade. A designer responsável pela Edun, Sharon Wauchob, acredita que ainda falta fazer as roupas feitas no Quênia parecerem modernas para que desperte desejo nas jovens garotas. “É preciso imaginá-las nas ruas de Nova York ou de Londres”.

    Mas a marca pode estar no caminho para fazer as peças africanas virarem desejo. Integrando o calendário de Nova York, a Edun desfilou saias de crochê que fizeram sucesso na passarela. E a surpresa foi grande quando se descobria que elas foram fabricadas por um grupo de 100 freiras em Nairóbi, que fazem crochê para levantar dinheiro para a comunidade. Apesar de comprometida em fabricar roupas na África, a Edun também produz em fábricas no Peru e na China.

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    Saias de crochê da feitas por freiras de Nairóbi fizeram sucesso em Nova York © Reprodução

    No fim, o que os estilistas que resolvem fabricar roupas em países africanos querem é que os projetos funcionem porque as pessoas gostam dos produtos, não só pela “boa ação”.

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