Considerada pela revista Time uma das 25 pessoas mais influentes do mundo da moda e uma das mais relevantes no setor do design pela I-D, a holandesa Li Edelkoort está prestes a desembarcar no Brasil. Fundadora do bureau de estilo Trend Union, baseado em Paris e com clientes que vão de Coca Cola e Nissan a Zara e Chanel, a trend forecaster também é criadora da revista Bloom, um misto de horticultura, arte, design e moda, com primeira edição brasileira há três anos e segunda a ser lançada no próximo dia 18, com palestra de Li e sessão e autógrafos na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi (SP).

O lançamento faz parte das comemorações dos 50 anos do shopping e é uma grande oportunidade de ouvir uma das mais inteligentes pesquisadoras de tendências, que são perfeitas para a moda justamente por passar longe dela, abordando arte, cultura, artesanato, lifestyle. Nessa edição da Bloom, com versão em inglês e português, o tema é a fé, abordando temas de religiosidade e espiritualidade, com a mistura de crenças tão própria do Brasil e que se manifesta em como são tratadas as relações com questões que vão do artesanato e da manufatura do algodão sustentável a olhar surrealista aplicado aos acessórios de moda, passando por assuntos pitorescos e ricos culturalmente como os Jogos Mundiais Indígenas, apelidado de Olimpíadas Indígenas.

Li Edelkoort é voz que vale a pena ser ouvida. Seus dois cadernos de tendência lançados anualmente e comprados por empresas de diversos setores trazem referências que passam longe do beabá da cor, do tecido e das estampas da próxima estação e nos levam a olhar imagens pinçadas da natureza, do artesanato e da arte das ruas de diversos países, de detalhes de materiais inusitados que, juntos, propõem um discurso de desejo de estilo de vida para um futuro próximo. Em fevereiro do ano passado, ela ainda lançou um polêmico manifesto Anti Fashion, em que prega, em dez capítulos, o caráter obsoleto de quase todas as áreas da moda atualmente.

Lançamento Bloom Fé