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    Inspirações do 2º dia de CdC vão de Tim Burton a Adriana Varejão
    Inspirações do 2º dia de CdC vão de Tim Burton a Adriana Varejão
    POR Camila Yahn

    Fila final de Ale Brito ©Marcelo Soubhia/Ag. Fotosite

    O 2º dia da Casa de Criadores Verão 2014 foi marcado pela volta da Der Metropol, marca masculina de Mario Francisco, e pelos desfiles dos já veteranos Weider Silveiro, que contou com uma instalação de luz e cor na passarela, e de Ale Brito, um dos mais aplaudidos da noite. Confira abaixo o resumo das coleções:

     PROJETO LAB

    YRIS de Yoon Hee Lee

    Looks do desfile da YRIS ©Marcelo Soubhia/Ag. Fotosite

    O desfile que abriu a noite foi o da marca YRIS de Yoon Hee Lee, a menina prodígio da Faculdade Santa Marcelina. A jovem coreana se inspirou no Japão, alegando que não consegue fugir das inspirações orientais. Modelos vestidas com releituras de quimonos estampados e com saias de palha, remetendo à madeira do chão das casas japonesas, desfilaram em cima de sapatos de gueixa com saltos de madeira e formato de tênis, para se adaptarem ao mundo moderno. O neoprene branco foi cortado a laser com formas de pavão, dragão e tigre, inspirados nas pinturas do país. Conceitual, Yoon conseguiu através da música e dos acessórios de cabeça das modelos embalar a plateia com um desfile calmo e bem amarrado.

    Teodoro e Anita

    Looks do desfile da Teodoro e Anita ©Marcelo Soubhia/Ag. Fotosite

    A dupla Teodoro e Anita apresentou uma coleção totalmente confeccionada em denim cuja cartela de cor dependia da variação de tom do próprio tecido. Nesta temporada, deixaram a cor e a estamparia digital de lado para dar lugar a uma estampa pontual, desenhada à mão diretamente na peça pronta. O tema da mistura de espécies não fica totalmente claro na passarela, embora seja possível identificar referências a animais diferentes em tops, saias e nos sapatos – o único elemento de cor na coleção. “O tema é um pouco mais surreal sobre miscigenação de espécies, se elas pudessem se cruzar e reproduzir. Morcego com pássaro, leão com zebra, etc”, contaram ao FFW no backstage.

    Bruna Abreu

    Looks do desfile de Bruna Abreu ©Marcelo Soubhia/Ag. Fotosite

    Para o seu Verão 2014, a mineira Bruna Abreu se inspirou na obra “Entre Carnes e Mares” da artista plástica Adriana Varejão. Na sua tradução do livro, Bruna misturou o universo marinho com o feminino e apresentou em viscoses pesadas estampas desenhadas à mão com várias faces da mulher, mixadas com trabalhos manuais que imitavam os corais do fundo do oceano. Em algumas peças, como shorts, bolsas e viseiras, Bruna utilizou um tressê colorido que ajudou a pontuar as estampas e a estruturar a coleção.

    Gralias

    Looks do desfile da Gralias ©Marcelo Soubhia/Ag. Fotosite

    À semelhança da temporada passada, em que foram vencedoras do Ponto Zero, a dupla de Grazi Cavalcanti e Julia Guglielmetti inventaram o seu próprio tema. A dupla criou uma cidade imaginária nos andes peruanos onde todo mundo é fashionista e a principal regra é que ninguém pode sair à rua mal vestido. As rivais fashion Iris Apfel e Anna Piaggi vão lutar para uma delas se sagrar imperadora da moda. Para representa-las, a dupla buscou “roupas das avós”, como as próprias definiram, com cores fortes, berloques em crochê, chifon, renda e algumas peças em alfaiataria.

    CASA DE CRIADORES

    Weider Silveiro

    Looks do desfile de Weider Silveiro ©Marcelo Soubhia/Ag. Fotosite

    Com uma passarela branca e uma vídeo instalação de luz e cor, Weider Silveiro apostou mais uma vez nos tons de branco, característica que ele mesmo reconhece ser recorrente. “Tenho trabalhado com muito branco nas últimas coleções, falo até que estou com a cegueira branca do Saramago [do livro “Ensaio sobre a Cegueira”]. Então eu começo as coleções já pensando em branco e off-white”, confessou no backstage. Com a limitação de cor auto imposta, Weider aposta nos materiais – o látex extra-fino utilizado na alfaiataria, quase parecendo uma seda, foi desenvolvido por Walfrido Lima, brasileiro residente em Zurique; e as dragonas e bolsas em resina branca são do artista Marcio Krakheche. Misturados com alfaiatarias masculinizadas e estruturadas, que Weider consegue entretelando os tecidos que usa, como chifons e crepes de seda, o tema que escolheu para a sua coleção – fetiche – está presente no látex e nas estampas florais de Lucius Villar representando o fetiche romântico dos cancerianos, seu signo.

    Juss

    Looks do desfile da Juss ©Marcelo Soubhia/Ag. Fotosite

    Inspirada no esporte urbano, mais especificamente no baseball, Juss apresentou uma coleção colorida e estruturada, mas com uma modelagem “larguinha”, como já é hábito da designer. “O mais importante para mim são as cores, começo sempre por aí”, disse no backstage ao FFW. Desta vez, Juss aposta até nas cores neon, pontuando a coleção. As estampas e bordados são feitos à mão e aplicados em tecidos como tricoline, um algodão bem cru, um nylon duro que normalmente não é usado para fazer roupa, linho, cambraia e gazar. Nesta temporada a coleção inclui três looks femininos com saias balão, referência latina de moda urbana.

    Ale Brito

    Looks do desfile de Ale Brito ©Marcelo Soubhia/Ag. Fotosite

    Como sempre, o que marcou o desfile de Ale Brito, o mais aplaudido da noite, foi a atitude. De casacos de couro com estrelas recortadas, inspirados em Nina Hagen, ao colorido anos 1990 inspirado no filme “Laurence Anyways” de Xavier Dolan, todas as peças vestem uma mulher segura e confiante. Pela primeira vez Ale utilizou crochê, que misturou com o couro e um tecido listrado, originalmente usado para forrar cadeiras de praia e por isso muito estruturado.

    Der Metropol

    Looks do desfile da Der Metropol ©Marcelo Soubhia/Ag. Fotosite

    Na volta da Der Metropol, Mario Francisco tem como tema central o futurismo. Traduzido nos tecidos tecnológicos, alguns deles feitos para tênis, a inspiração foi tirada do filme “Marte Ataca” de Tim Burton e dos looks criados durante a Space Age e de Pierre Cardin. Poliamidas com efeitos de tramas de metal, couros e estampas digitais, matelassê inspirado nas roupas de astronauta e recortes em onda que lembram os lasers das armas, tudo remete a futuro e tecnologia. “Tem a estampa de fogo que é uma referência muito forte do filme e que sintetiza toda a destruição e bagunça que eles fazem. Tem fogo bordado e fogo em estampa digital em tons coloridos”, explicou Mario no backstage. As estampas do desfile foram criadas por Herbert Loureiro, ilustrador alagoano.

    + Veja aqui o que rolou no 1º dia de Casa de Criadores

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