Henri Cartier-Bresson (1908-2004) ajudou a definir os caminhos da fotografia no século 20 — simples assim. Quem estiver na Suíça até o dia 24 de julho, então, não pode perder a exposição do Museum für Gestaltung Zürich, que faz uma retrospectiva do trabalho do francês cujo pioneirismo abriu caminho para o fotojornalismo como o conhecemos hoje.
A mostra “Henri Cartier-Bresson” traz mais cerca de 300 fotografias organizadas em ordem cronológica e que mostram diversos momentos de destaque da carreira de Bresson, como a cobertura da Guerra Civil na Espanha e o funeral de Ghandi. Quem acompanhar as imagens vai poder notar a evolução do seu estilo, que se libertou do rigor estético – e estático – da fotografia da época para registrar imagens “vivas”, reais, espontâneas.
“Há fotógrafos que inventam e outros que descobrem. Pessoalmente, interesso-me pelas descobertas, não para fazer provas ou experiências, mas para pegar a vida em si. Fujo aos perigos do anedótico e do pitoresco, que são mais fáceis e mais respeitáveis do que o sensacional, embora igualmente maus. No meu entender, a fotografia tem o poder de evocar e não simplesmente documentar. Devemos ser abstratos de acordo com a natureza. Qualquer pessoa pode fazer fotos. Já vi no ´Herald Tribune´ algumas de um macaco que lidava tão bem com uma Polaroid quanto certos proprietários daqueles aparelhos. E é justamente por estar o nosso “metier” aberto a todo mundo que ele continua extremamente difícil, a despeito de sua fascinante facilidade”, ele escreveu sobre seu ofício.
Veja algumas das imagens de Cartier-Bresson que estarão presentes na exposição:
“Henri Cartier-Bresson”
Até 24 de julho de 2011
Museum für Gestaltung Zürich
Ausstellungsstrasse 60
CH-8005 Zurique, Suíça