A história de Azzedine Alaïa será celebrada em uma parceria entre a Galerie Dior e a Fundação Azzedine Alaïa. Quando o adolescente Azzedine Alaïa entrou na Christian Dior em 1956 para um estágio de apenas cinco dias, ele mal imaginava quem se tornaria. Aliás, agora, ele ganhará uma exposição inédita focada no acervo de cerca de 600 peças da Dior mantidas pelo estilista, a maioria desenhada pelo próprio Christian Dior.
De acordo com a WWD, Olivier Flaviano, diretor da Galerie Dior, relatou que a descoberta dessa coleção foi impressionante tanto pela qualidade quanto pelo fato de cobrir todos os anos da gestão de Dior. A exposição principal, intitulada “Azzedine Alaïa’s Dior Collection”, abre nesta quinta-feira, 18, e segue até 3 de maio, apresentando 140 peças.
No entanto, paralelamente, a partir de 15 de dezembro, a Fundação exibirá 30 criações da Dior ao lado de obras do próprio Alaïa, demonstrando a influência do mestre francês sobre o costureiro de origem tunisiana.
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Detalhes da exposição “Azzedine Alaïa’s Dior Collection”
Sob a curadoria de Olivier Saillard e do arquivista Gaël Mamine, em colaboração com a equipe da Dior Heritage, cada vestido foi catalogado e associado a documentos originais. Saillard destaca que todo esse trabalho de pesquisa permite entender que a moda é tanto uma ciência quanto uma arte. Entre os itens expostos está até o crachá original de Alaïa. Ademais, a inauguração ocorre, de forma comovente, apenas dois dias após o oitavo aniversário de sua morte.
Por fim, para o curador, o retorno dessa coleção é um símbolo de esperança, ilustrando a trajetória de Alaïa. Ele veio de origem humilde e construiu um acervo digno de museu — status que a Fundação está pleiteando oficialmente. A mostra destaca a paixão compartilhada pela alfaiataria estruturada, com peças em preto e cinza e esboços originais que revelam a “arquitetura oculta” dos vestidos. Isso foi algo que fascinou Alaïa desde a juventude.