O setor da moda está em luto após a notícia do falecimento de Giorgio Armani, um dos mais influentes designers italianos, aos 91 anos. A informação foi divulgada pelo Grupo Armani na última quinta-feira, dia 4.
Com uma carreira que se estendeu por várias décadas, Armani se destacou por sua habilidade em definir e refinar uma estética única que refletia a tradição italiana. Seu trabalho não apenas revolucionou o vestuário masculino e feminino, mas também estabeleceu novos padrões de elegância nos tapetes vermelhos de Hollywood.
Em um comunicado oficial, o Grupo Armani informou que o designer, carinhosamente conhecido como “Il Signor Armani” entre seus colaboradores, faleceu tranquilamente rodeado por amigos e familiares. O texto descreve-o como “uma força motriz incansável” no mundo da moda, ressaltando a profunda influência que teve na indústria.
Sucessão do império
A questão da sucessão de Armani se tornou um tópico frequente nos últimos anos, especialmente devido à ausência de filhos ou herdeiros diretos. Entre os possíveis sucessores estão suas sobrinhas Roberta e Silvana Armani, além do sobrinho Andrea Camerana. Contudo, Leo Dell’Orco, colaborador desde 1977 e atual diretor de estilo masculino da marca, é considerado o candidato mais forte para assumir a liderança. Particularmente por seu papel na fundação criada em 2016.
No entanto, na semana anterior à sua morte, Armani abordou a questão da sucessão em uma entrevista ao How To Spend It do Financial Times. Ele mencionou: “Meu plano de sucessão envolve a transferência gradual das responsabilidades que sempre carreguei para pessoas próximas a mim, como Leo Dell’Orco e membros da minha família. Meu desejo é que essa transição ocorra de forma natural e não represente um rompimento abrupto”, segundo o Terra.
Ademais, Giorgio Armani sempre prezou pela independência de sua marca, evitando a fusão com grandes conglomerados. Aos 90 anos, ele havia afirmado que consideraria vender ou abrir o capital da empresa apenas quando não estivesse mais à frente dela.