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    “Brasil e Índia percorrem o mesmo caminho”
    “Brasil e Índia percorrem o mesmo caminho”
    POR Redação

    Bandana Tewari ©Juliana Knobel/FFW

    A Índia é um dos países que mais crescem no mundo, ao lado dos outros quatro BRICS (Brasil, Rússia, China e África do Sul). Além dos setores ligados à indústria tecnológica, o mercado da moda tem acompanhado esse desenvolvimento econômico e as transformações culturais que ele tem gerado. A editora da “Vogue” indiana, Bandana Tewari, veio ao Brasil conferir o Fashion Rio à convite do evento e conversou com o FFW sobre a evolução da moda na Índia e suas semelhanças com o a indústria nacional.

    Qual é o cenário atual da Índia com relação à moda, mas também economicamente e socialmente? Quais as similaridades com o Brasil?

    Bem, não é muito diferente do Brasil. Eu acredito que a Índia e o Brasil estejam percorrendo o mesmo caminho, economicamente, emocionalmente, em termos de como a sociedade avança, sabe? Acho que estamos ascendendo juntos, é o que estou vendo aqui. Vocês têm uma economia forte, que está crescendo muito, a classe média está adquirindo mais poder aquisitivo, os ricos estão se tornando mais ricos… É a mesma coisa que está ocorrendo na Índia. Em termos de lifestyle, os brasileiros parecem ter nascido para se divertir, enquanto os indianos são um pouco mais lentos nesse quesito. Com relação à moda, pelo que eu vi nas passarelas [do Fashion Rio], vejo que todos os seus designers estão produzindo para o seu próprio mercado interno, com produtos que refletem o estilo de vida brasileiro. Na Índia é do mesmo jeito, nós temos uma indústria de moda local muito forte, afinal todos vestimos roupas produzidas lá… Mas, quando falo em roupas indianas, não falo apenas das peças tradicionais, temos estilistas que produzem silhuetas ocidentais utilizando os melhores tecidos, com um design primoroso e uma paleta de cores muito ampla, como aqui no Brasil. A única coisa que eu tenho que lembrar é que, todo mundo que vem falar comigo aqui diz: “Ah, tinha uma novela indiana na televisão que era muito famosa”, e a Índia não é daquele jeito. Quero dizer, é claro que existem muitos problemas sociais, casamentos infantis, preconceitos de gênero, afinal nós somos um país de um bilhão de pessoas, há muitas classes sociais, mas se você vai a Bombaim, acha que está no Rio de Janeiro por que é caloroso e colorido.

    Detalhes do look de Bandana ©Juliana Knobel/FFW

    Detalhes do look de Bandana ©Juliana Knobel/FFW

    Como é o conteúdo da “Vogue” indiana?

    A “Vogue” indiana é em inglês, porque o inglês é a língua primária na Índia. Nós misturamos todos os criadores de moda internacionais com os melhores designers indianos, anunciem eles na revista ou não – nós nos orgulhamos de oferecer a eles a mesma plataforma. Então haverá uma página onde diremos, por exemplo, que vermelho é a nova cor da estação, mas nós não só expomos produtos nessa cor da Valentino ou da Dior; também colocamos os vermelhos dos estilistas indianos. Nós integramos os dois, é muito importante fazê-lo, pois somos um título internacional e as pessoas querem ver coisas de fora, mas ao mesmo tempo estamos na Índia. Se você der uma olhada na “Vogue” indiana, você sabe que ela é feita na Índia. Eu acho que é muito importante apoiar novos designers e é por isso que eu estou aqui, devemos perceber que a indústria de moda nacional deve ser tratada como prioridade, aí então se pode pensar em Paris, Milão ou onde quer que se vá vender lá fora.

    Qual a tiragem da “Vogue” indiana e quantas revistas são vendidas mensalmente?

    Eu sei que somos um país de um bilhão de habitantes, mas isso não quer dizer que todo mundo nos lê. Leitores da “Vogue” são como 0,001% da população. No momento, nós imprimimos 60 mil cópias, mas, segundo nossas pesquisas, cada revista é lida em média por 45 pessoas porque as famílias são muito grandes, eles passam adiante e dividem a revista.

    Capas da “Vogue” indiana com Lakshmi Menon e Aishwarya Rai ©Reprodução

    Você pode citar alguns estilistas indianos que acredita que sejam promissores?

    Recentemente, Manish Arora, que é indiano, desenhou sua primeira coleção para a Paco Rabanne [Paris Primavera/Verão 2012]. Ele é um designer muito empolgante e caiu lindamente na Paco Rabanne. Isso para nós é muito importante porque é um estilista indiano no topo de uma marca parisiense de prestígio. Temos ainda designers que vendem bem internacionalmente como Rajesh Pratap Singh, Sabyasachi, James Ferreira, Namrata Joshipura, Savio Jon… Eu poderia continuar citando por muito tempo, mas acredito que o que é importante saber é que você não pode vender para o mercado europeu ou americano pensando só no que eles querem, é preciso colocar o próprio DNA, que vem do seu país de origem, e isso serve também para os designers brasileiros.

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