Com a chamada de capa “O caso perverso de Terry Richardson”, a conceituada revista “New York Magazine” abriu espaço em sua última edição para o fotógrafo se defender contra as acusações de assédio sexual que vêm pipocando nos últimos meses e que já se tornaram uma polêmica constante em sua carreira.
+ Sexo em troca de editorial? Terry Richardson sofre novas acusações de assédio sexual.
O caso mais recente aconteceu em abril, quando a modelo inglesa Emma Appleton tuitou um print de uma suposta mensagem de Richardson pelo Facebook dizendo: “Se eu puder transar com você, te coloco num ensaio para a ‘Vogue’” (veja link acima). A grave acusação chegou a ser desmentida pelo “NY Post”, que divulgou, poucos dias depois, que a conta utilizada na rede social era falsa. Se fosse outro fotógrafo qualquer, esse incidente poderia ter passado quase batido, mas Richardson ocupa um lugar singular e bastante controverso no universo da fotografia e o acontecimento tomou conta da imprensa internacional e das redes sociais nas semanas seguintes.
Em sua defesa, ele declarou ao jornalista Benjamin Wallace, da “New York Magazine”: “Eu te colocarei na ‘Vogue’. Tão cafona. Ridículo. Quem fala assim? Quando as pessoas me chamam de pedófilo ou outra bobagem qualquer, essas são coisas horríveis de se dizer sobre alguém.” Além disso, o fotógrafo pontuou: “Nunca era apenas eu e a garota”, referindo-se aos ensaios mais picantes de seu portfólio. “Sempre havia assistentes ou outras pessoas em volta, ou as meninas levavam suas amigas para curtir. Era à luz do dia, sem drogas, sem álcool. Estava acontecendo, tinha energia, era divertido fazer essas imagens fortes, e era isso. Pessoas colaborando e explorando sua sexualidade e tirando fotos.”
Mas por que Richardson é um alvo tão recorrente desse tipo de polêmica? Segundo o próprio fotógrafo, isso passa pelo anonimato e impunidade da internet – além, é claro, de seu gosto pela transgressão, que, ele diz, as pessoas confundem muitas vezes, correta ou erroneamente, com algo ofensivo e de mau gosto. “A internet é insana”, exclamou. “Loucura total. Como um pequeno câncer. As pessoas podem fazer o que quiserem, falar o que quiserem e serem totalmente anônimas. É totalmente fora do controle.”
