FFW
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade
    Brasil reconhece gênero não-binário na justiça
    Brasil reconhece gênero não-binário na justiça
    POR Gabriel Fusari

    Pela primeira vez, o Superior Tribunal de Justiça brasileiro (STJ) reconheceu oficialmente a possibilidade de uma pessoa se identificar com um gênero não-binário – ou seja, que não seja uma das duas únicas escolhas até então possíveis de “mulher” ou “homem” –  em sua certidão de nascimento. A decisão, unânime e histórica, foi tomada pela Terceira Turma do STJ no dia 7 de maio e abre um precedente importante no reconhecimento jurídico das identidades não-binárias no país.

    O caso envolve uma pessoa que, após passar por procedimentos cirúrgicos e iniciar tratamento hormonal, solicitou a alteração de seus documentos para o gênero masculino. Anos depois, entendeu que também essa identidade não traduzia sua experiência de gênero e recorreu novamente à Justiça para retirar o marcador binário. A pessoa escolheu ser identificada, em seus documentos, como “gênero neutro”, uma das várias identidades possíveis dentro do espectro não-binário. O processo corre sob sigilo.

    Mesmo sem legislação específica sobre o reconhecimento de pessoas não-binárias, o colegiado entendeu que não há razão jurídica para impedir esse tipo de alteração. Se homens e mulheres trans já têm garantido o direito à retificação de seus documentos, por que o mesmo não se aplicaria a quem se identifica fora do binarismo?

    “A pessoa trans precisa e merece ser protegida pela sociedade e pelo Judiciário”, afirmou a ministra Daniela Teixeira, ao citar decisões anteriores do STF sobre o direito à identidade de gênero. “Dar o direito à autoidentificação é garantir o mínimo de segurança que pessoas binárias têm desde o nascimento”.

    Ainda que passível de revisão, a decisão sinaliza uma virada simbólica no entendimento das instituições brasileiras sobre a pluralidade de existências. O STJ dá, assim, um passo (tímido, mas necessário) em direção a uma estrutura legal mais alinhada com a realidade das pessoas não-binárias no Brasil.

    Não deixe de ver
    Tracee Ellis Ross surge belíssima com look da Jacquemus em pré-gravação
    Coleção da PatBO com Eduardo Caires chega ao Brasil
    Marca de ex-aluna da LVMH, SPKTRL, lança primeira coleção de joias com diamantes de laboratório
    Lindsay Lohan elege vestido florido de Oscar de La Renta para divulgação de ‘Freakier Friday’
    Maison Margiela e Dr. Martes realizam nova collab em coleção-cápsula de calçados reinventados
    King’s Gallery irá realizar exposição que desbrava o guarda-roupa da rainha Elizabeth II
    Aramis e New Balance se unem e lançam edição limitada de tênis e nova campanha
    FFW Sounds: PinkPantheress, a artista por trás dos virais
    Ao lado de Lou Doillon e Rila Fukushima, Kylie Jenner lidera campanha de outono da Miu Miu
    Chanel leva o primeiro desfile Métiers d’Art 2025/26 de Matthieu Blazy a Nova York