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    Ícones da Fotografia: a harmonia caótica de Juergen Teller
    Ícones da Fotografia: a harmonia caótica de Juergen Teller
    POR Redação

    Campanha de Inverno 2012 de Marc Jacobs ©Juergen Teller/Reprodução

    Juergen Teller não é um fotógrafo de moda comum. Sua obra, tampouco, assemelha-se a de seus contemporâneos: propositalmente imperfeitas, amareladas, estouradas pela luz dos flashes e, por vezes, até granuladas, as imagens criadas pelo alemão confrontam luxo e decadência, sexualidade e inocência, kitsch e minimalismo. A partir da próxima quarta-feira (23.01), inaugura em Londres a exposição “Juergen Teller: Woo”, que traça uma retrospectiva da carreira do homem que há 14 anos clica as campanhas publicitárias de Marc Jacobs.

    Juergen Teller ©Billy Farrell/Reprodução

    A estética adotada por Teller, que surgiu “acidentalmente” em 1996 em um editorial com Kristen McMenamy para a revista “Süddeutsche Zeitung”, desnuda o indivíduo retratado, assim como põe de lado o glamour habitual da indústria. É como se Hewmut Newton se misturasse a Terry Richardson e utilizasse os filtros “Amaro” ou “Rise” do Instagram; é uma harmonia desarmoniosa, quase tão comercial quanto conceitual, difícil, para dizer o mínimo. Mas, em um ambiente repleto de subversões como a moda, Teller foi escolhido por Vivienne Westwood, Moschino, Céline e pelo já citado Marc Jacobs.

    Vivienne Westwood em sua campanha de Inverno 2011, fotografada na África ©Juergen Teller/Reprodução

    Nascido em 1964 em Erlangen, na Alemanha, Teller estava destinado, como quase toda a cidade, a trabalhar na confecção de violinos. Em virtude de alergias, que ele mesmo considera psicossomáticas, afastou-se do curso e fez uma viagem à Toscana com um primo, entusiasta da fotografia. Foi nesse período que Teller, com 19 anos, entrou em contato com a câmera pela primeira vez e, olhando ao redor por trás das lentes, encontrou sua verdadeira vocação.

    A partir de então, em 1984, Teller começou a estudar fotografia em Munique, graduando-se em 1986. No mesmo ano, mudou-se para Londres, com um inglês precário e o objetivo de evitar o serviço militar obrigatório de seu país. Seus primeiros trabalhos no Reino Unido foram na música: suas grandes oportunidades aconteceram quando retratou Sinéad O’Connor para o single “Nothing Compares 2 You”, de 1990, e, logo depois, em 1991, quando acompanhou o Nirvana em uma turnê.

    Kate Moss e Linda Evangelista na capa da “Vogue” britânica de agosto e outubro de 1994, respectivamente ©Juergen Teller/Reprodução

    Em 1994, Teller fotografou suas duas primeiras – e únicas – capas da “Vogue” britânica; a edição de agosto trazia Kate Moss na capa, já a de outubro era estampada por Linda Evangelista. Logo vieram trabalhos em revistas mais vanguardistas, como “The Face”, “W”, “AnOther” e “i-D”, que, provavelmente, possuem mais identificação com a já mencionada “estética difícil” do alemão. Kate, por sua vez, tornou-se amiga de Teller e, ao lado de Kristen, é quase indissociável de sua trajetória profissional, tendo estrelado até um curta-metragem dirigido por ele, intitulado “Can I Own Myself” (1998).

    Kate Moss ©Juergen Teller/Reprodução

    Charlotte Rampling e Juergen Teller em campanha da Marc Jacobs ©Juergen Teller/Reprodução

    Mas, para Teller, 1998 foi um ano decisivo: inaugurou sua primeira grande exposição solo, dirigiu o comercial da fragrância “Eternity”, da Calvin Klein, e começou sua parceria com Marc Jacobs, que, na década seguinte, renderia o livro “Marc Jacobs Advertising 1998-2009”. A colaboração com o diretor criativo da Louis Vuitton, inclusive, deu origem em 2004 a uma série conhecida apenas como Luís XV, em que Teller aparece nu ao lado da atriz Charlotte Rampling.

    Victoria Beckham na campanha de Primavera/Verão 2008 da Marc Jacobs ©Juergen Teller/Reprodução

    Victoria Beckham, em 2008, foi elevada por Teller à categoria de “produto” na campanha de Primavera/Verão da Marc Jacobs, enquanto, no verão europeu de 2009, Vivienne Westwood co-protagonizou os anúncios de sua própria marca ao lado de Pamela Anderson. Nos anos seguintes, ele ainda fotografou muitas publicidades, cheias de estrelas, e lançou outros livros, entre eles “Zimmermann” (2010), só com imagens da brasileira Raquel Zimmermann, e “The Keys of the House” (2011).

    “Juergen Teller: Woo” @ Institute of Contemporary Arts
    The Mall, Londres SW1Y 5AH
    De 23 de janeiro a 17 de março
    Entrada gratuita

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