Texto e fotos por Juliana Lopes, em Milão
O FFW esteve no showroom da Jil Sander onde teve uma aproximação com a coleção desfilada. A sensualidade clínica dos looks da coleção de verão da Jil Sander estimula o gosto moderno – e modernista – pelo branco, as linhas retas e sobreposições sem muito barulho (transparentes, técnicas), mas bastante pesquisa. Três caminhos para as estampas: xadrezes, paisley e alguns motivos “Picassianos”. A família do pintor Pablo Picasso autorizou a marca a interpretar o trabalho do artista em suas cerâmicas (a partir do fim da década de 40) e transferir para as estampas em tricôs ou algodão.
Na prática, comprimentos elegantes que parecem funcionar para altas e baixas. Decotes que parecem robóticos, mas são sexies. Enfermeiras-astronautas dos anos 50 e 60 (às vezes é difícil ver onde começa uma referência e termina outra, e esse é um bom sinal). E de repente, combinando com tudo, bolsas feitas com o mesmo trançado de cadeiras venezianas.
Durante a temporada de Milão, a editora Suzy Menkes escreveu em sua cobertura que Raf Simons, estilista da grife, poderia ir para a YSL, ocupar o lugar de Stefano Pilati. A notícia causou uma grande repercussão no twitter e foi desmentida por François Pinault, do Grupo Gucci: “Não é verdade. Não sei de onde tiraram isso”, disse ele. O fato é que essa não é a primeira vez que surgem rumores de que Pilati estava de saída da YSL. E dificilmente Menkes escreveria algo sem fundamento. Vamos aguardar. Enquanto isso, fiquem com o melhor do verão da Jil Sander, por enquanto, ainda sob direção de Raf Simons.