Há imagens que se esclarecem sozinhas. E ainda que boa parte dos jornalistas torça o nariz, explicar a poesia é redundante, para não dizer pretensioso. Num mundo regado a pão e circo, isso desde os tempos do Império Romano, é do paradoxo entre o isolamento e a multidão que se constrói o melhor espetáculo.
Na atualidade rara de leões, o futebol tropeça nas alegorias do tapetão, o carnaval rebola ao som dos baticuns das saradas rainhas de bateria; e a moda desfila solitária na identidade de quem tem a função de reger o show. Com este olhar, o fotógrafo Marcelo Guarnieri deu a sua leitura à contemplação fashion.