O setor de skincare alcançou um destaque sem precedentes, especialmente com a influência das redes sociais. Essa popularidade tem facilitado o acesso a informações sobre práticas de autocuidado, mas também gerado uma onda de desinformação que pode prejudicar a saúde dos consumidores.
O Dr. Luiz Romancini, dermatologista e fundador da Creamy, observa que muitos mitos se espalham por serem apresentados de maneira convincente. “A simplicidade das dicas, seus efeitos visuais e até o apelo emocional nas narrativas contribuem para a propagação de informações errôneas”, explica.
Para auxiliar os consumidores na navegação por essas informações, o especialista elencou seis mitos comuns sobre skincare que circulam nas plataformas digitais:
Ingredientes naturais melhores que sintéticos
Embora muitos acreditem que ingredientes naturais sejam sempre mais seguros, o Dr. Romancini alerta que essa não é uma verdade absoluta. “Os ingredientes naturais podem provocar irritações e reações alérgicas em algumas pessoas”, esclarece.
Óleos faciais causam acne
Um outro equívoco comum diz respeito ao uso de óleos faciais. O dermatologista enfatiza que “para quem tem pele oleosa, não há razão para temor; os óleos podem ser benéficos, desde que escolhidos adequadamente”.
Quanto mais espuma, melhor
No contexto da limpeza da pele, muitos acreditam que produtos que produzem muita espuma são mais eficazes. Contudo, Romancini ressalta que “a quantidade de espuma não é um indicativo da limpeza da pele; é apenas um efeito cosmético”.

Esfoliação diária melhora a pele
A esfoliação é frequentemente recomendada, mas o Dr. Romancini alerta para seu uso excessivo. “A esfoliação em demasia pode danificar a barreira cutânea e provocar sensibilidade e irritação”, adverte.
Uso de pasta de dente em espinhas
Outra crença popular é o uso de pasta de dente como tratamento para acne. O especialista explica que “essa prática não apenas falha em tratar a condição, mas pode piorar a situação ao aumentar a irritação”.
Beber água cura problemas de pele
Embora a hidratação interna seja vital para a saúde geral da pele, Romancini enfatiza que “beber água não substitui tratamentos tópicos necessários para problemas específicos”.
Dica: Busque informações científicas
O acesso facilitado à informação pelas redes sociais nem sempre garante qualidade e precisão. O especialista aconselha que aqueles que desejam cuidar da pele com responsabilidade busquem dados fundamentados em pesquisas científicas ou consultem profissionais qualificados. “Procurar informações provenientes de fontes confiáveis é crucial para garantir um cuidado eficaz e seguro”, conclui.