Pinah Ayoub, a alma da Beija-Flor e estrela eterna do Carnaval

Com quase cinco décadas de dedicação à Beija-Flor, Pinah Ayoub segue brilhando como um dos maiores nomes do Carnaval carioca.

Pinah Ayoub, a alma da Beija-Flor e estrela eterna do Carnaval

Com quase cinco décadas de dedicação à Beija-Flor, Pinah Ayoub segue brilhando como um dos maiores nomes do Carnaval carioca.

POR Laura Budin

Poucos nomes são tão marcantes no Carnaval carioca quanto Pinah Ayoub. A ‘‘Cinderela Negra’’ não apenas atravessou gerações na Sapucaí, mas se tornou sinônimo de elegância, resistência e paixão pelo samba. Seu legado transcende os desfiles: Pinah é uma referência viva da cultura popular brasileira, uma musa atemporal que continua a brilhar na Marquês de Sapucaí.

Filha de um mestre-sala, Pinah já nasceu envolta no universo do samba. Antes de se tornar um dos maiores ícones da avenida, trabalhou como modelo e atuava também como contadora. Seu visual impactante – sempre de cabeça raspada e sorriso largo – chamou atenção no mundo do Carnaval, mas foi sua entrega e talento que garantiram seu lugar definitivo na história.

Ao longo de sua carreira, Pinah construiu uma relação inseparável com a Beija-Flor de Nilópolis. Em quase 50 anos de desfiles, nunca vestiu outra bandeira, o que reforça sua devoção ao pavilhão azul e branco. Em 1978, ganhou projeção internacional ao sambar com o então príncipe Charles, durante uma apresentação especial no Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro. Sem saber de quem se tratava, Pinah o tirou para dançar, e a cena rodou o mundo, consolidando seu status de estrela global do samba.

Além de passista, Pinah brilhou como destaque em carros alegóricos e, hoje, segue desfilando como parte da diretoria da Beija-Flor, mostrando que sua relação com o samba vai muito além do palco. Sua importância foi reconhecida já em 1983, quando a escola celebrou sua trajetória no enredo ‘‘A Grande Constelação das Estrelas Negras’’.

Em 2024, com os 40 anos do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, Pinah foi musa do camarote Arara, reafirmando seu posto como realeza do Carnaval. Seu desejo? Que seu legado inspire as próximas gerações a respeitar e honrar o pavilhão de suas escolas, mantendo viva a essência do samba. ‘‘Esse solo aqui é sagrado’’, diz. E ninguém duvida.

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