Penha Maia leva seu olhar paraibano até Osaka
Há 16 anos na moda, Penha Maia tem um trabalho que dialoga com suas raízes paraibanas e tem chamado a atenção no Brasil e no mundo.
Penha Maia leva seu olhar paraibano até Osaka
Há 16 anos na moda, Penha Maia tem um trabalho que dialoga com suas raízes paraibanas e tem chamado a atenção no Brasil e no mundo.
Nascida na Paraíba, com passagem marcante por Cajazeiras antes de se estabelecer em São Paulo, Penha Maia carrega em sua trajetória geográfica uma das chaves para entender sua moda. “Minha história de vida está totalmente ligada às minhas criações e à construção do meu trabalho, não consigo separar uma da outra. Crio exatamente aquilo que sou, o que vivo e no que acredito. A geografia de diferentes lugares me ajudou a construir essa moda com liberdade e poesia”, conta.
Antes de assumir sua marca autoral, Penha consolidou uma carreira bem-sucedida com a Pó de Arroz, assinando mais de mil vestidos de noiva, desde 2008. O passo seguinte veio em 2020 e foi decisivo: abandonar o universo tradicional do bridal para afirmar sua identidade criativa com a criação de sua marca homônima. “Significou amadurecimento e a certeza de que, apesar de trabalhar com universos opostos, tive a firmeza de que criei minha própria identidade.”
Essa identidade, hoje, se traduz em peças de forte carga poética, oníricas, que combinam texturas, referências modernistas e uma aura romântica. “Quero transmitir uma moda livre, rompendo os padrões existentes e que, sobretudo, mexa com o imaginário das pessoas e as façam refletir de alguma forma. Quando alguém olha para as minhas criações e enxerga algo diferente ou até mesmo esquisito, fico feliz!”, afirma.
Recentemente, a estilista alcançou um novo patamar ao ter seu trabalho apresentado em um evento internacional, na Ásia. “Uma honra ter meu trabalho representando o Brasil num palco tão importante como a Expo Osaka. Isso me fez ter certeza de estar no caminho certo. Suponho que minha arte está preenchendo algo que o público de uma maneira geral está buscando. Me sinto pronta para eles!”, celebra.
Essa relação entre vida e obra continua a ser o norte da criadora. “Desejo continuar contando a minha própria história, que facilmente se confunde com as histórias de tantas outras.” Ao olhar para frente, a estilista não projeta rotas fixas nem desenha metas engessadas. Sua bússola é a continuidade. “Estou há dezesseis anos pulsando uma marca e enfrentando desafios a cada dia. Não paro mais para pensar para onde eu vou, só quero ir e nunca ter que parar.”