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    O som hipnótico de Saya Gray

    Entre o folk melancólico e camadas eletrônicas, Saya Gray transforma colagens sonoras em experiências imersivas.

    O som hipnótico de Saya Gray

    Entre o folk melancólico e camadas eletrônicas, Saya Gray transforma colagens sonoras em experiências imersivas.

    POR Laura Budin

    Com um som que fragmenta e reconstrói o folk, o pop experimental e o jazz em composições imprevisíveis, Saya Gray, artista canadense-japonesa, tem conquistado um público cada vez maior. Do baixo como instrumento principal à sua estreia solo com ‘‘19 Masters’’, passando pelo recém-lançado álbum ‘‘Saya’’, sua trajetória é marcada por inquietação criativa e uma abordagem meticulosa à produção musical.

    Depois de impressionar no Tiny Desk Concert da NPR e esgotar sua primeira turnê global, Gray se prepara para passar por grandes cidades como Paris, Londres, Nova York e Los Angeles, a partir de abril. Hoje, o FFW mergulha em sua história, suas principais músicas e o que faz de seu novo álbum uma experiência única.

    Quem é Saya Gray?

    Canadense de ascendência japonesa e escocesa, Saya Gray, 29, cresceu em um lar musical com o pai trompetista de jazz – que tocou com lendas como Aretha Franklin e Ella Fitzgerald – e a mãe fundadora de uma renomada escola de música em Toronto. Gray começou pelo piano, mas, aos dez anos, decidiu que o baixo seria seu instrumento principal. Aos 18, já trabalhava como professora de música e tocava na Quincy Bullen Band, e, aos 19, trocou Toronto por Londres, onde passou anos atuando como baixista de turnê para artistas como Daniel Caesar, Willow Smith e Liam Payne.

    Mas foi apenas em 2022 que sua própria voz emergiu de forma definitiva com seu álbum de estreia, ‘‘19 Masters’’, um labirinto sonoro de 19 faixas curtas, onde psicodelia, pop, soul, jazz e folk se encontram em estruturas não lineares e arranjos imprevisíveis. Desde então, Gray continuou a expandir sua sonoridade com os EPs ‘‘Qwerty’’ (2023) e ‘‘Qwerty II’’ (2024), culminando no lançamento de seu segundo álbum, ‘‘Saya’’, em 2025.

    Uma música para começar

    Para quem quer conhecer o som de Saya Gray, ‘‘Puddle (of Me)’’ é um ótimo ponto de partida. A faixa combina vocais etéreos com uma base instrumental fragmentada, criando um clima de tensão e entrega emocional enquanto a artista explora obsessão e dependência em um relacionamento. Outra recomendação essencial é ‘‘H.B.W’’, que mergulha em uma atmosfera melancólica, evocando imagens de perda e memórias persistentes através de letras introspectivas e um instrumental hipnótico.

    Álbum para conhecer

    Em ‘‘Saya’’, seu segundo álbum, Saya Gray dá forma a um pop experimental mais coeso, sem perder a identidade fragmentada e imprevisível que marcou seus trabalhos anteriores. Conhecida por sua abordagem colagista e produção peculiar, a artista japonesa-canadense transforma um disco essencialmente sobre separação em um exercício inventivo de composição e estética. Canções como ‘‘How Long Can You Keep Up a Lie?’’ e ‘‘Puddle (Of Me)’’ transitam entre o folk melancólico e texturas eletrônicas, enquanto ‘‘Shell (Of a Man)’’ esconde provocações afiadas sob acordes leves. A produção minuciosa e a justaposição de elementos improváveis – de percussões irregulares a harmonias vocais espectrais – fazem de ‘‘Saya’’ uma experiência sensorial, onde cada faixa revela camadas inesperadas a cada audição.

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