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    reflexão: Conseguiria a beleza ir mais longe do que a moda quando o assunto é estabelecer novos (não) padrões?

    reflexão: Conseguiria a beleza ir mais longe do que a moda quando o assunto é estabelecer novos (não) padrões?

    POR Vinicius Alencar

    Timothée Chalamet foi recentemente anunciado como rosto do perfume Bleu da Chanel. A escolha faz sentido, uma vez que o ator se tornou um dos ícones de beleza da atualidade. Mas com o anúncio vieram também alguns questionamentos que colocam em cheque o significado de galã, pelo menos sob a perspectiva viril perpetuada por décadas, ou melhor, séculos. Essa discussão me fez refletir: por que a beleza consegue estabelecer novos padrões com mais profundidade do que a moda?

    Pesquisando e me deparando com reflexões bem contemporâneas, acabei me lembrando de um ditado que ouvi dos lábios da minha avó e também da minha mãe: “quem ama o feio, bonito lhe parece”. Um ditado antiquíssimo, mas que revela como a subjetividade da beleza é algo que nos acompanha desde sempre. Entre homens gays e, mais recentemente, entre heterossexuais a expressão “padrão” se tornou praxe – o homem de 1,80 malhado, com maxilar marcado ou a mulher magra de fios loiros, rapidamente são colocados nessa categoria.

    Apesar disso ser discussão para um outro momento, acredito que o questionamento de beleza não faz (ou não deveria) fazer você abominar o “padrão”, mas abrir seus horizontes, onde outras características possam ser tão interessantes, desejadas e atraentes quanto. Uma coisa não anula a outra, afinal, vivemos por muito tempo em um mundo maniqueísta, especialmente quando beleza se torna (va) tópico. O bem = o belo absoluto, o mal = toda a feiúra existente. Esse conceito extremo vem sendo desmistificado, algo que se intensificou nos últimos cinco anos – provocado principalmente por novas propostas iniciadas pela Gen Z. Ao questionar o binarismo, abriu-se o leque para uma série de outras indagações que esbarram (e dão as mãos) para a beleza, aqui, em seu sentido mais amplo.

    Em um momento que ler “sem gênero” soa tão antigo quanto diferenciar simplesmente entre feminino e masculino, me pego pensando: a beleza é quem nos permitirá sonhar sem amarras? Soa idealista, talvez, mas o mais atraente hoje em uma das indústrias mais rentáveis e poderosas do universo é a liberdade para se expressar de forma criativa e não simplesmente corrigir supostas “imperfeições” para se adequar. Se na moda há uma série de empecilhos, na beleza nota-se uma corrida para se conectar ao presente, seja eliminando o termo “anti-idade”, aumentando as nuances das bases ou abraçando a diversidade para além do hype ou momentâneo. Se por um lado a busca pela perfeição perdeu o norte, por outro não ganhamos mais fôlego para sermos (ainda mais) nós mesmos?

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