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    Luccas Morais: corpo, caos e criação da arte em trânsito entre o digital, e o urbano

    O artista subverte o ritmo acelerado da produção digital com uma prática que mistura cotidiano e experimentação.

    Luccas Morais: corpo, caos e criação da arte em trânsito entre o digital, e o urbano

    O artista subverte o ritmo acelerado da produção digital com uma prática que mistura cotidiano e experimentação.

    POR Guilherme Rocha

    Multiartista nascido na zona leste de São Paulo, Luccas Morais (@ladyletal) desenvolve uma obra que desafia categorias fixas e transita livremente entre performance, vídeo, escultura, fotografia e instalação. Sua prática tem como ponto de partida a vida cotidiana, os afetos e o caos, seja o da cidade, das redes sociais ou da própria experiência de existir.

    Senso assim, ele se utiliza da imperfeição e do improviso, utilizando imagens da internet, memes, objetos domésticos e autorretratos para criar um repertório visual que é, ao mesmo tempo, íntimo e coletivo, tangível e virtual. Sua abordagem não se prende a fórmulas ou técnicas rígidas; ao contrário, privilegia o fluxo, o acaso e a escuta interna, permitindo que o processo artístico se revele de forma espontânea.

    Nos últimos anos, o artista tem explorado com ainda mais intensidade o deslocamento entre o físico e o digital, seja caminhando pelas ruas da cidade ou performando nas mídias sociais. Através da prática da sublimação, suas ideias se materializam em peças têxteis, intervenções visuais e gestos performáticos, muitas vezes em espaços de celebração, onde arte e festa se encontram.

    Em um mundo acelerado pela produção incessante de imagens e conteúdos, Luccas opta por seguir seu próprio tempo. Sua arte, mais do que entregar respostas, busca provocar sensações, deslocar olhares e afirmar que o fazer criativo pode — e talvez deva — ser também caos, desejo, pausa e transformação.

    A seguir, leia a conversa de Luccas com a FFW.

    FFW: Como e por que começou a trabalhar com isso?

    Luccas: Vivi cerca de 27 anos na zona leste de São Paulo, entre São Miguel Paulista e Vila Nova Curuçá, hoje não moro mais lá, e sempre que volto pra ver minha família e amigos, percebo o porquê de tudo. Daí junta toda essa loucura que é São Paulo, internet e resulta nisso que vocês veem.

    FFW: O que acredita ser o seu diferencial?

    Luccas: Se está procurando por perfeição, não fale comigo. Sou humano meus amores, como disse uma vez minha amiga Nat Soueid, “Você não é uma impressora”…. ainda [risos].

    FFW: O que você enxerga como o seu olhar único dentro do que faz — e como isso se manifesta no seu trabalho?

    Luccas:Viver o que to passando ali de mensagem, não pensar de maneira pronta o trabalho, perceber as coisas que estão no meio do caminho.

    FFW: Existe uma intenção ou mensagem central que você busca passar em tudo o que cria?

    Luccas: Espero levar algo descontraído, brincar com as possibilidades da criação, ser mais livre nas nossas demandas da vida, azarar os boys beijar na boca.

    FFW: Você sente que o seu trabalho dialoga com alguma urgência do nosso tempo?

    Luccas: Acredito que sim, se a urgência do nosso mundo é criar conteúdos, postar coisas, viver essa verdade que a internet diz, pode se dizer que sim, né?!

    FFW: ⁠Como funciona o processo de pesquisa para cada projeto?

    Luccas:Geralmente o processo de realização das minhas obras são baseadas naquilo que quero botar pra fora, de alguma maneira vai se mostrar como um desdobramento do que se passa na minha cabeça.

    FFW: Como você lida com bloqueios criativos ou momentos em que as ideias não fluem?

    Luccas: Nada de pânico, saio por ai, vou viver e depois tudo se encaixa.

    FFW: Como você percebe que sua vivência pessoal influencia suas escolhas criativas?

    Luccas:Tudo está ligado, a minha maneira de ver o mundo e pensar a arte. E em algum momento tudo é revelado.

    FFW: ⁠O que você espera provocar ou despertar em quem consome o que você cria?

    Luccas:Como diz a artista Rafaela Kennedy “artistas, acreditem na sua loucura”.

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