Jacob Elordi completa 28 anos hoje (26.06) consolidado como um dos nomes mais instigantes de sua geração. De galã adolescente em ‘‘A Barraca do Beijo’’ a queridinho de diretores como Sofia Coppola, Emerald Fennell e Guillermo Del Toro, o ator australiano construiu em poucos anos uma trajetória que transita entre o sucesso comercial e o cinema autoral.

Seus próximos lançamentos mostram que o ritmo não deve desacelerar: Elordi encara o desafio de dar vida ao monstro de ‘‘Frankenstein’’ (estreia prevista em novembro, na Netflix); será Heathcliff em uma nova versão de ‘‘O Morro dos Ventos Uivantes’’ ao lado de Margot Robbie; estrela o suspense pós-apocalíptico ‘‘The Dog Stars’’ e protagoniza ‘‘Outer Dark’’, adaptação sombria de Cormac McCarthy, contracenando com Lily Rose-Depp.

Para celebrar o aniversário do ator, revisitamos todos os seus papéis até agora – do mais clássico ao mais indie – e destacamos o que cada um revela sobre sua evolução como intérprete.

A Barraca do Beijo (2018) como Noah Flynn
Foi com o papel de Noah Flynn em ‘‘A Barraca do Beijo’’ que Jacob Elordi surgiu no radar global como o bad boy irresistível do universo teen da Netflix. O filme, baseado em uma história do Wattpad, transformou Elordi em crush internacional e o colocou no centro da cultura pop adolescente.

2 Corações (2020) como Chris
Nesse drama romântico com tom melodramático, Elordi interpreta Chris, um jovem apaixonado cuja história se conecta tragicamente à de outro casal. Ainda que o longa não tenha agradado à crítica, ajudou a mostrar que Elordi podia navegar por registros mais suaves e vulneráveis.

Euphoria (2019) como Nate Jacobs
Com Nate Jacobs, Jacob Elordi cravou seu nome em Hollywood como o sociopata mais perturbador da Geração Z. A série da HBO revelou uma nova camada de intensidade no ator, que abandonou o galã teen para dar vida a um personagem explosivo e violento. Sua atuação em ‘‘Euphoria’’ é um divisor de águas na carreira, marcando o momento em que ele deixou de ser um rosto bonito para virar um intérprete de peso.

Águas Profundas (2022) como Charlie De Lisle
No thriller erótico ‘‘Águas Profundas’’, Elordi interpreta um amante fatal envolvido com a personagem de Ana de Armas, em um jogo psicológico regado a tensão sexual. Apesar de ofuscado pelos protagonistas, sua breve participação adiciona uma camada de desejo à trama. Curiosamente, o longa tem roteiro assinado por Sam Levinson, criador de ‘‘Euphoria’’.

The Sweet East (2023) como Ian
Na sátira política ‘‘The Sweet East’’, Elordi encarna Ian, um artista rico e radical, que cruza o caminho da protagonista em sua jornada pelos EUA. O filme, rodado em 16mm e com estética indie, posiciona Elordi em um território menos mainstream, mas artisticamente mais provocativo. Mesmo com pouco tempo em tela, o ator entrega um papel afiado e irônico, reafirmando seu interesse por personagens fora do óbvio.

He Went That Way (2023) como Bobby Falls
Baseado em fatos reais, ‘‘He Went That Way’’ traz Elordi como um serial killer jovem e inquietante que embarca em uma road trip com um treinador de animais. Mais uma vez, Elordi mergulha em um papel sombrio, ampliando sua galeria de personagens imprevisíveis e perigosos.

Saltburn (2023) como Felix Catton
Em ‘‘Saltburn’’, Elordi vive Felix Catton, o herdeiro de uma família aristocrata britânica, envolvido em uma teia de obsessão e decadência. Felix é talvez seu personagem mais enigmático até aqui – sedutor, cruel e memorável – consolidando Elordi como um nome indispensável da nova geração.

Priscilla (2023) como Elvis Presley
Nas mãos de Sofia Coppola, Elordi entrega uma versão sombria e contida de Elvis Presley, focando mais nas camadas humanas do que no mito. O filme, centrado no ponto de vista de Priscilla, revela um Elvis possessivo, sedutor e controlado – e o ator acompanha essa complexidade com precisão.

Oh, Canada (2024) como Leonard Fife
Neste drama dirigido por Paul Schrader, Elordi interpreta a versão jovem de um ativista canadense, em uma narrativa sobre memórias e escolhas durante a Guerra do Vietnã. Interpretar o jovem Richard Gere (Leonard Fife) é uma tarefa ousada, mas Elordi parece à vontade ao encarnar um personagem com mais densidade política e existencial.

On Swift Horses (2024) como Julius
Em ‘‘On Swift Horses’’, Elordi vive Julius, um homem sedutor que rompe com os códigos sociais dos anos 1950 ao se envolver com outro homem. O filme adapta o romance de Shannon Pufahl e aposta em um drama queer intenso. Essa é uma das atuações mais arriscadas de sua carreira, explorando sexualidade, masculinidade e liberdade.

O Caminho Estreito Para Os Confins do Norte (2024) como Dorrigo Evans
No aguardado épico baseado no romance de Richard Flanagan, Elordi assume o papel central de Dorrigo Evans, um médico prisioneiro de guerra na Segunda Guerra Mundial. A narrativa alterna passado e presente, e exige do ator uma atuação com estofo literário, emocional e histórico.