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    FFW Sounds: Badsista faz Alquimia entre o Trance, o Bass  e o Funk Bruxaria

    Com direção própria, batidas marcantes e uma estética clubber refinada, o DJ e produtor transforma sua história em som

    FFW Sounds: Badsista faz Alquimia entre o Trance, o Bass  e o Funk Bruxaria

    Com direção própria, batidas marcantes e uma estética clubber refinada, o DJ e produtor transforma sua história em som

    POR Guilherme Rocha

    Com um som que atravessa o techno, funk bruxaria, psytrance e drum’n’bass, Badsista transforma a pista em território de afirmação. DJ, produtor e homem trans, ele canaliza vivências intensas em beats envolventes e precisos, misturando introspecção, euforia e presença.

    Em seu novo EP, Cuteboyz Badsista assina não só a produção, mas também a narrativa de um recomeço. O trabalho marca sua transição de gênero, o rompimento com uma estrutura tóxica e a retomada de controle sobre sua própria carreira – com um som maduro, autêntico e feito para dançar.

     

    QUEM É BADSISTA?

    Nascido e criado em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, Rafa Andrade, conhecido artisticamente como Badsista, tem 31 anos e carrega na bagagem uma vida moldada por sons, conexões e processos de transformação. Desde criança, se envolveu com instrumentos musicais e frequentou rodas e palcos. A música sempre foi um lugar de expressão – e agora, também de afirmação. Figura de destaque na cena eletrônica nacional, Badsista construiu uma trajetória sólida com produções autorais, colaborações impactantes e passagens por palcos internacionais. 

    UMA MÚSICA PARA COMEÇAR: “PSYCODELIA

    Faixa presente no mais novo trabalho de Badsista (EP “Cuteboyz”), a música tem arranjos assinados em colaboração com Malka Julieta e referências a shows feitos com Marina Lima, unindo o clássico e o novo, o caos e a coesão. É a síntese do EP e talvez, da fase atual do artista.

    EP PARA CONHECER: “CUTEBOYZ”

    Seu novo trabalho, é uma resposta criativa e emocional a um período de ruptura e reconstrução. Por meio da linguagem dos graves e das texturas eletrônicas, Badsista

    constrói um universo sensorial em que ritmo, corpo e sentimento se entrelaçam. Entre os destaques, a faixa “Psycodelia” resume bem a proposta do projeto: uma jornada sonora intensa, sem pausas, que leva ao êxtase de estar consigo mesmo. Já em “SPDRIP”, o artista une funk bruxaria, club music e trance, criando uma narrativa de contrastes que reflete sua própria caminhada. 

    O CONCEITO VISUAL
    A estética do projeto é resultado de um trabalho afetivo e coletivo. Com direção de Thais Regina, esposa de Badsista, e fotos de Vitor Cazuza, as imagens do EP traduzem sentimentos internos de forma sensível e potente. A capa e os visuais apresentam uma masculinidade suave, sensual e estética, que desafia o modelo hegemônico e cria espaço para novas representações. A presença dos amigos e artistas Glau, Yuri, Bento e Pedro Jorge na capa também reafirma essa ideia de comunidade e afeto.

     

    UMA CONVERSA COM O ARTISTA

    FFW: Há alguma faixa que você considera mais representativa do projeto como um todo?

    Badsista: Sinto que Psycodelia é a que mais se atém ao projeto como um todo. Ela te leva a uma viagem que com certeza você não quer perder, porque o destino é sentir o êxtase em si mesmo. E se sentir bem não é algo que gostamos de deixar para trás.

     

    FFW: O que te inspirou a criar este EP?

    Badsista: Esse EP nasceu de um processo profundo de retomada e transformação, tanto pessoal quanto profissional. Foi meu processo em relação ao meu gênero, tomando forma e força. E também foi uma resposta ao rompimento de uma relação tóxica no trabalho, um grito de que o talento é meu e que sigo firme. A experiência com os shows do Gueto Elegance, ao lado da Malka Julieta e da Venus Garland, também foi essencial. Esse convívio me trouxe uma visão mais arranjadora de música, quase de regente, que influenciou diretamente a construção de cada faixa, dando identidade e equilíbrio a cada uma delas.

     

    FFW: Pode nos contar sobre o processo de produção das músicas?

    Badsista: Diferente do Gueto Elegance, onde falei sobre muitas coisas, o Cuteboyz nasce de um lugar mais silencioso, mas não menos intenso. Foi na pista de dança que encontrei refúgio, cura e reconexão comigo mesmo. Por isso, o EP é menos sobre dizer com palavras e mais sobre sentir, pensar e se expressar através do ritmo e do corpo. Ele fala a linguagem da música e foi nesse espaço que pude me transformar e reencontrar meu eu.

     

    FFW: Como você escolheu o título do EP? O que ele significa para você?

    Badsista: Quando comecei a refletir sobre minha não-binariedade, pensava muito sobre o que me causava repulsa na masculinidade que vemos de forma tradicional. Em certo momento, larguei mão disso e comecei a fazer as pazes com aquelas partes que me deixavam feliz. O nome vem justamente da beleza que se encontra nesse lugar, seja as atitudes, as roupas, o físico, o comportamento.

     

    FFW: O que mais você gostaria de explorar musicalmente no futuro?

    Badsista: No futuro, quero me conectar com mais pessoas e músicos, especialmente de realidades diferentes da música eletrônica. Acredito que essas trocas enriquecem muito, nos fazem lembrar por que amamos o que fazemos e por que colocamos tanta energia, tempo e até saúde nesse caminho. É isso que venho buscando: colaborações que tragam sentido, renovação e presença.

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