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    FFW Sounds: Deekapz, uma dupla em ondas dançantes

    Conversamos com a dupla sobre o lançamento de “Deekapz FM” e a construção de uma linguagem própria ao longo de mais de 10 anos.

    FFW Sounds: Deekapz, uma dupla em ondas dançantes

    Conversamos com a dupla sobre o lançamento de “Deekapz FM” e a construção de uma linguagem própria ao longo de mais de 10 anos.

    POR Guilherme Rocha

    Formada por Paulo Vitor e Matheus Henrique, ambos de Campinas (SP), a dupla Deekapz vem se consolidando como um dos nomes mais originais e versáteis da música eletrônica brasileira, misturando house, R&B, samba, funk e hip hop com naturalidade e frescor.

    Com uma trajetória de mais de uma década, o duo acaba de lançar seu primeiro álbum completo, “Deekapz FM”, um trabalho autoral que traduz a experiência sonora como uma grande transmissão de rádio: cada faixa é uma frequência, uma emoção, uma estética. Colaborações com nomes como Criolo, Fat Family, Luccas Carlos, DJ Marky, Urias, Tuyo e Bibi Caetano.

    No FFW Sounds desta semana, em conversa com os meninos, revisitamos a trajetória que levou os Deekapz do início experimental até o lançamento do tão aguardado primeiro álbum. 

    POR QUEM É FORMADO O DEEKAPZ?

    Paulo Vitor e Matheus Henrique, dois amigos nascidos em Campinas, interior de São Paulo, que transformaram a paixão por música em um projeto autoral. Unidos desde a adolescência pela curiosidade em torno da produção musical, eles vêm, há mais de 10 anos, construindo uma trajetória marcada por experimentação, pesquisa de sonoridades e colaborações com nomes da cena brasileira. Misturando referências que vão do samba ao house, do rap à música eletrônica global, o Deekapz criou uma identidade própria brasileira, moderna e conectada com o que toca nas pistas e nas ruas.

     

    UMA MÚSICA PARA COMEÇAR: “DANCE”

    Feita em colaboração com o Fat Family, a música sintetiza bem a identidade sonora da dupla, misturando influências do soul e R&B com uma base eletrônica envolvente, cheia de groove. É uma faixa dançante perfeita para quem quer entender a proposta do duo: música feita para mexer o corpo, mas também cheia de camadas afetivas.

    ÁLBUM PARA CONHECER: “DEEKAPZ FM”

    O disco inaugura a trajetória autoral da dupla com uma proposta conceitual inspirada nas rádios noturnas dos anos 1990 e 2000, repletas de vinhetas, atmosferas e transições. 

    O álbum reúne participações como Criolo, Luccas Carlos, DJ Marky, Bibi Caetano, Urias, Maffalda e outros nomes que ampliam o leque sonoro, transitando entre house, funk, R&B, rap, afrobeat e pop, tudo mantido por uma estética coerente com o DNA afrodiaspórico e eclético dos artistas.

    OS FEATS

    No Brasil, já trabalharam com nomes como Criolo em faixas como “Etérea” e “Fellini” e com o Tropkillaz, no single “São Paulo”. No álbum autoral “Deekapz FM”, reuniram participações de Luccas Carlos, DJ Marky, Bibi Caetano, Urias, Maffalda, Tuyo e o lendário grupo Fat Family, além de lançarem faixas marcantes como “Dance”, “Repare” e “Eu Te Entendo”. A lista de colaborações se estende a artistas como BK’, Baco Exu do Blues, Rubel, Pabllo Vittar, Kevin O Chris, Melly, Duda Beat e Luísa Sonza.Em âmbito internacional, destacam-se parcerias com o produtor americano Sango, o rapper britânico Kojey Radical, o duo sueco Axwell Ingrosso e a artista caboverdiana Ellah.


    A seguir, leia a conversa da dupla com a FFW. 

    FFW: O que motivou vocês a criar este novo álbum? 

    Matheus Henrique: A ideia de um disco surgiu durante a pandemia, mas só começou a tomar forma em 2022. Queríamos explorar diferentes gêneros como sempre fizemos, mas dentro de um conceito claro — o de uma transmissão de rádio. As colaborações foram escolhidas com cuidado, e as sessões com artistas como Criolo e Fat Family foram especialmente marcantes.

     

    FFW: Existe um tema central? Como foi a escolha dos títulos? 

    Paulo Vitor: O tema central é o rádio, como símbolo de conexão e memória. Cada faixa é como uma frequência. “Dance”, com o Fat Family, representa bem essa mistura de eletrônica, R&B e nostalgia.

    Matheus Henrique: Queremos que as músicas façam as pessoas dançarem onde estiverem, como o rádio faz. A faixa com o Fat Family foi o primeiro single por reunir essa essência de forma clara, com locução, groove e energia.

     

    FFW: Como aconteceram as colaborações? Teve alguma faixa mais desafiadora?

    Paulo Vitor: As parcerias surgiram de forma natural, com artistas que cruzaram nosso caminho. “Eu Te Entendo”, por exemplo, passou por várias versões até chegar no resultado final.

    Matheus Henrique: Convidamos artistas com quem já tínhamos afinidade. Algumas faixas foram feitas em uma sessão, outras pediram mais tempo de maturação. Mas o processo sempre foi colaborativo e fluido.

     

    FFW: Como vocês definem a sonoridade deste álbum em relação aos anteriores?

    Paulo Vitor: É o nosso disco mais plural. Saímos da zona de conforto, testamos timbres e texturas novas, mas mantendo a brasilidade e o groove. Ele representa nosso amadurecimento musical.

    Matheus Henrique: A diferença está na liberdade criativa. Como é um projeto autoral, pudemos imprimir nossa identidade com mais liberdade, criando músicas com a nossa visão de pista.

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