FFW
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade

    Clodovil Monza: o estilista que virou carro

    O estilista assinou uma edição especial do Chevrolet Monza, que levava também seu ego, sua estética e o espírito de uma década em seu chassi.

    Clodovil Monza: o estilista que virou carro

    O estilista assinou uma edição especial do Chevrolet Monza, que levava também seu ego, sua estética e o espírito de uma década em seu chassi.

    POR Gabriel Fusari

    Foi em 1984 que Clodovil virou carro. E isso não é metáfora. No auge da fama, com desfiles televisionados e frases afiadas nos programas de auditório, Clodovil Hernandes colocou sua assinatura onde ninguém esperava: na lataria de um Chevrolet Monza.

    O modelo, batizado de Clodovil Monza, foi uma edição especial criada por uma concessionária paulista com o aval da Chevrolet. Era um Monza SR com bancos de couro bege, detalhes em madeira, volante personalizado e uma plaqueta dourada com o nome do estilista. A ideia era simples: transformar o carro mais desejado da classe média alta brasileira em item de grife – algo que já acontecia lá fora, como no caso da Givenchy, que assinou uma versão do Lincoln Continental. Quem comprasse levava junto um chaveiro em ouro 24 quilates e um jogo de malas de couro marrom, sob medida, desenhados pelo próprio estilista.

    Mas o Brasil ainda não estava pronto para isso. Mesmo tendo sido feitas apenas 12 unidades, houve dificuldade para vender o modelo assinado e a concessionária acabou descaracterizando os carros, removendo os elementos exclusivos para repassá-los como Monzas comuns. Hoje, apenas dois modelos sobrevivem com algumas características originais, ambos nas mãos de colecionadores que tratam o carro como relíquia pop.

    Nesta terça (17.06), dia do aniversário do estilista, relembramos esta relíquia rara, uma amostra de como Clodovil, já nos anos 1980, sabia usar a mídia como vitrine, fazia da própria imagem uma marca e antecipava, com certo exagero e muito carisma, uma lógica que só viraria comum décadas depois: o estilista como celebridade, o nome próprio como ativo de mercado.

    Não deixe de ver
    Clodovil Monza: o estilista que virou carro
    And Just Like That e a obrigação de amadurecer e evoluir
    Viola Davis e Dendezeiro: “Trocamos ideias sobre juventude preta, moda e política”
    ‘Sereias’: Minissérie da Netflix com Julianne Moore terá uma segunda temporada?
    Downton Abbey Desfila Elegância dos anos 30 em seu grand finale
    ‘And Just Like That’: Tudo que sabemos sobre a nova temporada que estreia hoje, 29
    Irmãs de Pau
    FFW Sounds: Irmãs de Pau apresentam sua Gambiarra Chic
    Alexander McQueen: a história do designer chega aos palcos da Broadway, em Nova York
    Lyas: entre o humor e a moda
    A relação entre moda e religião