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    A Oakley celebra 50 anos de marca de olho no futuro

    Sentamos com Caio Amato, presidente global da marca, para falar sobre os próximos passos da marca, as parcerias com Meta e Axiom, Travis Scott e a conexão com o Brasil.

    A Oakley celebra 50 anos de marca de olho no futuro

    Sentamos com Caio Amato, presidente global da marca, para falar sobre os próximos passos da marca, as parcerias com Meta e Axiom, Travis Scott e a conexão com o Brasil.

    POR Augusto Mariotti

    Ao contrário do que muitos imaginam, a Oakley — marca norte-americana criada por Jim Jannard em uma garagem na Califórnia em 1975 — não nasceu produzindo óculos experimentais, mas sim uma manopla para motocross. Décadas depois, se transformou em uma potência global no segmento de eyewear, tornando-se referência em inovação e reconhecida por seus óculos de lentes iridescentes e design futurista.

    Hoje, aos 50 anos, a Oakley – parte do grupo Essilor Luxottica – segue mais jovem do que nunca. Consolidada como uma referência em seu segmento, a marca mantém uma relação intrínseca com o universo esportivo — e com algumas de suas principais estrelas — além de cultivar uma base fiel de fãs e colecionadores, especialmente no Brasil.

    Essa conexão com o país vai além da paixão local: o atual presidente global da marca é o brasileiro Caio Amato, que assumiu o cargo em 2025 após quatro anos como CMO. Em conversa com a FFW, Caio compartilhou sua visão sobre o momento da Oakley: “A gente não prevê o futuro, a gente cria o futuro” — frase que resume bem a mentalidade por trás dos planos da marca para as próximas cinco décadas.

    Fomos até a sede da Oakley, o icônico edifício “interplanetário” 1 Icon, em Foothill Ranch, na Califórnia, para conversar com Caio sobre sua visão para os próximos 50 anos e conhecer de perto as novidades que vêm por aí. Leia a entrevista abaixo:

    Augusto: A Oakley completa 50 anos agora mais jovem e contemporânea que nunca. O que você diria que fez a marca chegar até aqui em plena forma?

    Caio: É uma resposta muito paradoxal que eu vou te dar mas o que fez a gente chegar até aqui como uma marca contemporânea e jovem foi a gente não ligar pra ser contemporânea e jovem, foi a gente não ligar pro que tá na moda, não ligar pro que é hype e na verdade sempre ter o nosso DNA à frente de tudo, criar pro futuro e entregar pro presente. Nós temos a convicção de que toda geração jovem vem ao mundo rebelde por uma razão, porque são eles que transformam a humanidade e a gente tem a convicção de que se a gente tiver bem e tiver fazendo produtos pra essa audiência e tiver fazendo sempre tendo em vista o futuro, a gente sempre vai ser uma marca desejada, jovem e contemporânea. Então a frase que eu acho que mais define isso no meu vocabulário é que a gente não prevê o futuro, a gente cria o futuro.

    o brasileiro caio amato é o presidente global da oakley
    Caio Amato, presidente global da Oakley

    Do que você mais se orgulha de ter realizado na Oakley desde que você está na marca?

     

    Me orgulho muito de três: a primeira delas foi que quando eu entrei na Oakley, a gente era apegado ao passado de uma forma que não tava permitindo a gente evoluir, o nosso passado é tão glorioso e tão forte que a gente não conseguia se desvincular dele, a gente não conseguia enxergar o futuro, então a coisa que eu mais me orgulho é ter conseguido montar o Future Genesis que é essa plataforma que a gente criou de escolher storytelling e uma narrativa e criar um universo pra inspirar todo mundo a conseguir olhar pro futuro, então Future Genesis é o número um, ele tem um reflexo em design, em arquitetura, em tudo, então isso foi o nosso sistema operacional, mudar pra permitir que as pessoas conseguissem olhar pro passado como a inspiração mas consegui puxar as coisas pro futuro. O segundo, esse projeto Oakley e Meta me deixa muito orgulhoso porque isso é literalmente uma expansão do ser humano, é a gente pegar tudo que tem dentro da gente e expandir o potencial humano através de um gadget que é um óculos no caso, mas o fato de fazer as pessoas não pararem de viver pra conseguir capturar um conteúdo, não terem que olhar o celular ou o computador pra fazer uma pergunta pra ele, é algo que me orgulha muito porque eu tenho certeza que quando eu tiver falando com os meus netos…eu nem tenho filho, mas quando eu tiver lá no futuro e olhar pra trás eu tenho certeza que eu vou me orgulhar desse momento porque ele vai mudar a história pra sempre. E o terceiro é a chegada do Travis Scott. Trazer uma pessoa do nível do Travis para olhar para a marca é uma coisa que tenho certeza que vai mudar a marca pra sempre.

    Você já entrou na minha próxima pergunta que era justamente sobre a escolha do Travis Scott como Chief Visionary. Que conexão é essa que ele tem com a marca e como ele pode ser trazer esse olhar de futuro para a Oakley?

    É incrível como começou nossa parceria com o Travis, todo mundo pra ele como número de fãs que ele tem, a influência que ele tem e nós não. A gente se encontrou com Travis até hoje umas dez vezes e nas nove primeiras vezes que a gente se encontrou a gente não tinha um contrato, a gente não tava ligando pra números, a gente não sentou pra falar de dinheiro, a gente simplesmente sentou pra conversar sobre a visão da Oakley de criar um universo e de construir produtos a partir de uma visão em comum, de criar um universo pro palco dele e criar através da imaginação todo um contexto pra música dele. Então quando a gente começou a trabalhar, a trocar a nossa visão e os nossos valores a gente naturalmente virou parceiro e tanto é que na mais recente tour ele só usou o Oakley em todos os lugares e a gente nem tinha um acordo comercial, era puro e simplesmente o fato de ele dividir a mesma visão de mundo com a gente. Dentro da Oakley a gente tem uma fórmula pra escolher atletas e pra escolher pessoas que participam da construção da marca que é muito diferente das outras marcas. São três variáveis: a primeira é o quão autêntico você é; a segunda variável é o quão impactante você é pra sociedade, pra sua comunidade e a terceira é se você ganha ou vende álbum. A última coisa que a gente vê é se a pessoa é relevante ou não, a primeira é ser autêntica e se ela tem um impacto na comunidade e então o Travis foi uma escolha óbvia porque ele já usava Oakley, ele é apaixonado pela marca, ele entende o mundo como a gente entende, ele quer deixar a marca dele. E o principal, ele tem uma habilidade de transformar sentimento em produto e de transformar sonho em realidade, sonho em uma coisa física que não existe e ninguém que faz igual ele.

    Travis Scotti faz show na festa de 50 anos da Oakley
    Travis Scott se apresentando durante a festa de 50 anos da Oakley. foto: cortesia Oakley

    Você agora é presidente global da Oakley justamente quando a marca completa 50 anos, uma data muito simbólica e você fala sobre usar o passado para poder projetar o futuro. Qual é a sua visão de futuro para a marca?

     

    As pessoas perguntam como é que eu tô me sentindo, e o Ryan Saylor, que é a pessoa responsável por R&D…a gente sempre comandou a Oakley juntos, então agora que eu virei presidente, o meu primeiro sentimento foi ruim porque a gente sempre dourou a marca de uma forma tão humana e tão gostosa juntos que não precisava um virar chefe do outro. A gente faz tudo junto e a posição de presidente é muito complexa porque a gente toma muita pressão do pessoal de cima, filtra essa pressão e dá confiança pra eles e a gente escuta muito o problema dos times, então é uma posição muito solitária. Muitas pessoas olham pra essa posição com admiração, se é feita de forma correta ela é uma entrega muito grande, eu acho que o título de presidente não me traz alegria, ele traz responsabilidade em relação à minha projeção para o futuro. Eu acredito em um mundo protópico o que que isso significa, eu acredito que o ser humano vai transformar o mundo em um lugar melhor, eu acredito que as coisas sempre vão se tornar melhor, é só uma questão de quem o faz e quando é feito, então isso é a base de todo o futuro da Oakley. A gente olha pro futuro, por exemplo o Oakley Meta HSTN, você pode olhar a IA de duas formas, como uma coisa que vai destruir a humanidade ou você pode olhar de outra, que vai transpor o humano para um nível que nunca aconteceu antes.

     

    A minha visão pro futuro é que a gente vai se conectar em níveis profundos e humanos de uma forma muito mais fácil, eu vou conseguir no futuro surfar com você na Austrália juntos, ao mesmo tempo mesmo estando em países diferentes, eu acredito que todo ser humano no mundo vai ter acesso à correção da visão, que isso é uma das metas nossas. Enquanto todos os seres humanos não tiverem acesso à correção de visão a gente não vai parar, a gente vai tentar fazer clínicas como a gente faz com o Mbappé pra interceptar as crianças jovens a ter acesso à visão, eu acredito muito em autoexpressão e eu acho que as pessoas estão conseguindo se auto expressar sem filtros e isso é muito bom de forma geral, desde que não invada a privacidade e o lugar dos outros. E a auto expressão é uma coisa que eu acredito também pra marca e o principal, eu acredito que a gente vai ajudar os atletas a sempre serem melhores, de diversas formas diferentes.

     

    A Oakley tem uma comunidade de fãs e colecionadores no Brasil completamente apaixonados pela marca. De onde acredita que vem essa conexão?

     

    Eu não sei explicar essa conexão, é muito diferente do resto do mundo, aí a Oakley tem uma participação na vida das pessoas, da comunidade que enxergam os produtos da Oakley como um objeto de pertencimento. Nos sentimos homenageados e quando as pessoas usam Oakley é como se elas tivessem abraçando a gente e pra gente isso é a maior honra do mundo. Você pode me perguntar ‘e as falsificações que tem muito? Um X-Metal custa 5 mil reais, quem tem 5 mil reais? Então quando eu vejo uma falsificação eu fico triste porque a lente é muito ruim, te faz mal mas ao mesmo tempo eu me sinto homenageado da mesma forma porque a gente, como marca, não poderia querer um amor maior do que o amor que a gente tem no Brasil, então esse é o sentimento, de muito amor, de querer retribuir isso pra eles de alguma forma, de querer valorizar as comunidades do Brasil até o Brasil entender o quanto elas são ricas em cultura, em tudo, então o nosso papel no Brasil é trazer essa comunidade pro mainstream. 

     

    As novidades da marca para os próximos meses:

    Oakley Meta HSTN

    A marca se uniu a Meta para lançar um óculos inteligente voltado para ciclistas e outros atletas, trazendo uma câmera posicionada no centro da armação para capturar imagens e vídeos de forma mais eficiente durante atividades esportivas sem a necessidade do uso das mãos. O modelo chega ao Brasil ainda esse ano.

    A Oakley vai a lua: a parceria com a Axiom Space

    Como parte da celebração dos seus 50 anos, a Oakley anunciou uma parceria histórica com a Axiom Space para o desenvolvimento da viseira do traje espacial AxEMU, que será usada na missão Artemis III — a primeira a explorar o polo sul lunar. Com base em sua expertise em tecnologias ópticas de alto desempenho voltadas a esportes extremos, a Oakley criou uma viseira que oferece proteção contra radiação UV, luz infravermelha, poeira lunar e temperaturas extremas, garantindo clareza visual em ambientes hostis. Segundo Koichi Wakata, astronauta e CTO da Axiom, “no espaço, o sol é realmente forte, parece que está perfurando os olhos”, reforçando a importância da inovação para a segurança dos astronautas. Para Ryan Saylor, VP sênior da Oakley, “a próxima pessoa a andar na Lua usará High-Definition Optics (HDO) da próxima geração” — um marco que leva o legado da marca além da Terra.

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