Um momento de calmaria e fruição poética musical, com camisões de seda balançando na passarela ao som de um pocket show de Moreno Veloso de banquinho e violão, marcou o encerramento desta temporada do São Paulo Fashion Week. Se a moda é cheia de vaidades, neste intervalo de 15 minutos de desfile, mostrou-se sua faceta muito humana: um futuro pai encantando com a mulher grávida gravava com olhar apaixonado cada cena da entrada da moça na passarela (Chay Suede e Laura Neiva); pessoas de corpos e idades diferentes pareciam muito confortáveis em suas peles e roupas; e as costureiras da coleção receberam, na passarela, os devidos aplausos ao final do desfile, depois de abraçadas, uma a uma, pelo estilista e diretor criativo da Handred, André Namitala.
Inspirada na Espanha, a coleção é baseada na leveza e brilho da seda, na camisaria e nas construções de batas, recursos característicos da marca. Os conjuntos estampados de shorts ou calças com camisas de manga curta ou longa ficavam igualmente frescos e chiques em homens e mulheres. O shape é sempre confortável, amplo, mas sem volumes excessivos. Um toque de surrealismo vindo de Salvador Dalí aparece em detalhes como os olhos bordados em algumas peças. (CAROLINA VASONE)









































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