A Coven retornou ao São Paulo Fashion Week com uma coleção que agradou aos olhares mais críticos da plateia.
Na apresentação, roupas que fazem sentido na passarela e também na vida real. Um equilíbrio importante e delicado para a moda de hoje.
Camisões - que se transformam em vestidos quando fechados - funcionam para mulheres de diferentes corpos e idades. Peças inteligentes conectadas com uma rusticidade repensada.
A inspiração na África não foi óbvia. Ela surgiu nas cores primárias e no styling esperto de Pedro Sales, com amarrações que parecem despretensiosamente não pensadas.
O listrado e o xadrez dialogam e formam novas estampas. A fluidez do linho ganha um caimento suave com franjas de ráfia sintética e superfícies de pedras naturais, tingidas nas cores da coleção.
A força da marca está no tricô: ele representa 90% da coleção. Porém, materiais interessantes, como algodão laqueado com pesponto, mostram uma preocupação da Coven em trazer algo a mais para a passarela. (JORGE GRIMBERG)