Amir Slama trouxe para a passarela em uma coleção inspirada nos anos 50 e nas vedetes do Brasil.
Ao som de um medley de Frank Sinatra, um exercício rico de modelagens, com nervuras no cetim com elástico, nos tons nude e vermelho paixão. Em peças bordadas, um trabalho interessante de construção do busto apresentou um acabamento com texturas que parecem joias e se revelam nos decotes. Um vestido em seda esvoaçante vermelho contribuiu para a atmosfera de glamour-old-school proposta por Slama.
A coleção foi uma provocação entre lingerie e moda praia. A sensualidade feroz da temporada passada cedeu espaço a um mood quase inocente para os dias de hoje, com influências de pin ups, Marilyn Monroe e Carmen Miranda.
O homem nessa coleção é um "acessório feminino", disse o estilista. Cada vez mais, Slama se permite arriscar nas modelagens e estilos de sungas. "O público masculino é muito variável. O homem está mais vaidoso e tem espaço para diferentes propostas". A novidade veio na cintura baixa e detalhes ousados, como cinto dourado como adorno.
"Criar conceito de moda praia é algo que sempre fiz. Nos anos 90, os veículos de moda tinham papel determinante. Hoje quem manda é o consumidor. Estou próximo do meu consumidor final. Ele é o grande personagem". ( JORGE GRIMBERG )