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    Ronaldo Fraga
    Inverno 2016 RTW
    Foto: Zé Takahashi / Ag. Fotosite
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    Foto: Zé Takahashi / Ag. Fotosite
    Por Augusto Mariotti 19.out.15
    "Não importa o nível intelectual, social, a idade de onde a pessoa vem: todo mundo tem uma história de amor para contar, que viveu ou que gostaria de ter vivido. O amor nos úne, nos nivela", diz Ronaldo Fraga no backstage, horas antes de seu desfile cujo tema é o ... amor. "O que tem como efeito o mais importante: imprimir a leveza de uma pluma ao peso da existência", completa, no release do desfile que ele próprio sempre escreve e assina. As delícias, mais do que as dores do amor, são o foco da coleção do estilista, que sempre busca na literatura o ponto de partida para seus temas de desfile. Aí entram as dores e loucuras dos apaixonados em textos que ele pesquisou de Hilda Hilst, Fabrício Carpinejar e, especialmente, de "Um Livro de Amor", lançado este ano pelas psicólogas Cristiane Mesquita e Rosane Preciosa. A trilha sonora mistura o erudito ao popular, reiterando o poder de alcance do sentimento, interpretado por Tchaikovsky, Chico Buarque ou pela dupla argentina sucesso dos anos 80 Pimpinela. Nas roupas, o tecido que aparece em tudo, tricotado, misturado ao algodão ou numa versão mais rústica é a seda, confeccionada pelas artesãs da Vale da Seda, região no Paraná que mais produz casulo de seda em todo o Ocidente. Mais de 50% do fio de seda usado pela Hermès, por exemplo, vem de lá. Ronaldo Fraga fez parceria com as artesãs, que confeccionaram os modelos que ele enviou, como os tricôs felpudos, o pullover multicolorido criado a partir do estágio em que o casulo já é jogado fora e um colar feito de casulos com o bicho da seda dentro! Com imagens realistas e surreais do coração mesclado a partituras musicais, textos de cartas de amor, flores de bananeira e até um floral tirado de um prato da casa do estilista, a estamparia é feita toda digitalmente numa máquina brasileira criada especialmente para estampar peças inteiras de roupa, e não pedaços de tecido, sempre naturais. A coleção de Ronaldo, aliás, é 100% produzida no Brasil, com materiais nacionais, com exceção da lava de vulcão da Colombia, usada como pedraria de um colar. A modelagem das peças parece mostrar, claramente, uma coleção masculina e outra feminina, com a das mulheres composta de calças e vestidos retos, com pouco volume, delineando levemente o corpo, e de calças, camisas, paletós e vestidos usados pelos homens. Já na abertura da apresentação, porém, Ronaldo revela que sua ideia é transpor o conceito de roupa com gênero, mesmo que ela pareça mais feminina ou masculina, e que ambos os sexos possam usá-la, quando um garoto e uma garota entram, vão até o fim da passarela e trocam de roupa em pleno desfile, saindo um com a peça do outro. O estilista, queria, inicialmente, que seu casting fosse só composto por modelos masculinos, que iriam desfilar as peças da linha masculina e também feminina, mas mudou e ideia na útlima hora e mesclou os 12 modelos homens usando 15 looks com as garotas. Na beleza, assinada por Marcos Costa, o foco é a boca vermelha. No cabelos, centenas de flores desidratadas por duas semanas pelo próprio maquiador, foram usadas nos meninos e nas meninas, numa simbologia de que o amor deixa marcas, mesmo quando acaba, seca. Marcos se inspirou numa obra de Leonilson, um bordado com a frase "O amor faz a gente enlouquecer". Arrebatador, familiar ou fraternal, o amor estava por toda parte rondando Ronaldo Fraga, inclusive na ajuda extra recebida pelo próprio filho Ludovico, de 14 anos, que há cinco sem assistir a um desfile do pai ("por causa da escola, mas agora ele está indo bem e a gente liberou") pediu especialmente para estar presente nesta coleção, e podia ser visto no backstage ao lado de Ronaldo o tempo todo. (Carolina Vasone)