“Comecei a fazer esta coleção há um ano, a partir de um tecido antigo de tweed e de uma pena que tinha em casa. Pensei: o que posso fazer com isso?”, contou Patricia Bonaldi, no backstage do desfile. Esse foi o ponto de partida do inverno 2016 da PatBo. Rústico, o tweed remetia a cobertor, que fez lembrar as peles e capas usadas nos ombros pelos povos nômades, o que acabou levando aos vikings. Enfim, Patricia interpretou a referência dentro do repertório de sua marca, injetando muito glamour e trocando os bordados pelas franjas e cordas. “É um universo mais rústico, de uma mulher mais madura.”
As cordas trançadas, tipo corda de marinheiro (que viraram tranças na beleza do desfile) foram, junto com as franjas, o recurso decorativo mais importante e novo para a PatBo. Elas aparecem no lugar dos cintos, em detalhes de golas, e também compondo dois vestidos inteiros, as peças mais trabalhosas da coleção (uma delas a que abre a apresentação): demoraram 90 dias para ficarem prontos, por conta do trançado e bordado das cordas.
O bordado é o carro-chefe de Patricia Bonaldi. Embora não tenha desaparecido na coleção, ele é usado com muito, mais muito mais parcimônia, dando lugar a recursos diferentes para decorar a roupa, o que representa uma nova fase (pelo menos nesta coleção) em termos de criação de moda. Ao experimentar propostas diversas, usar as franjas de maneira não tão tradicional, apostar nas cordas de marinheiro e no tweed rústico, a estilista caminha para um olhar mais maduro sobre sua marca. (CAROLINA VASONE)
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Foto: Rafael Chacon / Ag. Fotosite





























