PARIS, 5 de março de 2010
Por Luigi Torre
Quando a saída de Martin Margiela de sua maison foi anunciada oficialmente, Renzo Rosso, presidente do grupo Only The Brave, detentor e administrador da grife, disse que o foco em tornar a marca de fato lucrativa. E no que depender do Inverno 2010, a Maison Martin Margiela tem tudo para cumprir seus planos.
Passada a fase de transição após a saída de seu diretor criativo, a equipe de estilo parece mais confiante e focada no conceito de marca e nos seus novos propósitos. Assim, a mais recente coleção apresentada aqui em Paris traz alguns dos elementos essenciais de Margiela, só que de maneira bem mais digerida e fácil de ser assimilada. O foco vem na alfaiataria que oferece modelagens e proporções exageradas, ultra ampliadas. Só que entre um peça conceitual e outra, a grife apresentou ótimas saídas comercias e sempre com aquele "twist" tão característico do fundador da marca.
Blazeres com corte preciso são sobrepostos às calças de modelagem levemente ampliada, gerando dobras naturais conformem caem sobre as pernas. Mais interessante ainda são os cós estruturados e super amplos, bem maiores que as cinturas das modelos. E por mais conceituais que as saias e calças com esse efeito possam parecer, elas ainda traziam em uma certa realidade.
Outros destaques ficam por conta dos tricôs assimétricos, do jogo de sobreposição super geométrico em looks monocromáticos e dos ótimos casacos da coleção.
O veredicto? A Maison Martin Margiela parece estar retomando seus rumos sem destoar muito de tudo aquilo que representava para moda - só que agora com um olhar um pouco mais voltado para o comercial.






































