Em seu segundo desfile na semana masculina de Paris, Willy Chavarria é um daqueles estilistas que chegam para dar uma quebrada no clima sisudo típico das semanas parisienses. No lugar do burburinho quase em sussurros e das salas de desfiles assépticas, a passarela de Chavarria é de veludo vermelho e seus modelos desfilam embalados por apresentação ao vivo de uma cantora mexicana. Essa é parte da origem do criador californiano, que traz para suas roupas a mistura da elegância da alfaiataria com o streetwear, tudo quase sempre com proporções exageradamente oversized que às vezes dá a seus costumes (blazer + calça social) um toque meio mob (mafioso), à la Sopranos dos anos 2025.
No outro extremo, bermudas amplas e longas, jaquetas e calças, curtas ou mais longas também largas, com os volumes dos bolsos, tanto os cargo quanto os espalhados pelos agasalhos. A parceria com a Adidas se repete nessa coleção e aparece nestas últimas peças, assim como nos tênis. Entre os looks masculinos, alguns modelos femininos, mas esses mais justos, com uma sensualidade retrô latina. Um bom sopro de irreverência à americana na temporada tão européia.