Há um tortuoso percurso a ser trilhado por Daniel Lee na sua direção da Burberry. A pretensão de reimaginar os clássicos britânicos e inserir frescor na marca mais emblemática da sua terra natal não parece vir de forma tão natural ou óbvia. São muitas tentativas e exercícios de emplacar uma nova padronagem, uma nova silhueta mas principalmente, um acessório hit.
Nota-se ainda que Daniel se deixou levar pela onda dos anos 2000, em alguns momentos quase de forma literal. Ombros em evidência, jaquetas ajustadas, cinturas deslocadas para o quadril.
É um verão bem britânico, bem nublado, com raros raios de sol e zero suor. Quando o modelo final surge sem camisa com o cinto com mega fivela (lembra que falamos do protagonismo deles aqui recentemente?) percebe-se que rolou um flerte com o sexy, mas de um jeito apático, fora do lugar.
Se a estreia de Lee teve seu impacto pelo ineditismo, essa segunda coleção ainda deixa a desejar, já que quando falamos de Burberry e do diretor criativo em questão, as expectativas nunca são baixas.