Miuccia Prada e Raf Simons disseram: "se os consumidores chineses não podem vir até mim, eu vou até eles". Com restrições de viagem ainda para o público chinês, a Prada realizou simultaneamente dois desfiles idênticos, em Shangai e em Milão nesta manhã (24.09).
No cabo de guerra amigável entre Miuccia e Raf, que amamos dissecar as referências, a mão de Raf Simons parece ter pesado mais dessa vez, na sensualidade mais andrógina, na cartela de cor minimalista pontuada por laranjas e amarelos fortes e um toque industrial. A coleção ganha muitos pontos pela construção primorosa das peças.
Existe uma aura de uma moda festa nos looks em cetim duchese, mais rígidos e menos fluídos, porém mais casuais e jovens, com as minissaias e longas caudas em faixas que adornam a maioria dos looks da coleção. Destaque também para as peças que imitam camisas invertidas, com as golas e botões abertos nas costas, em uma sensualidade diferente, à lá Raf Simons com espartilhos soltos e seios marcados. No geral, é uma coleção mais sobre o o que está trás do que o que se vê pela frente. Sem obviedades.
